quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Como usar e cuidar do seu aparelho móvel

Como devo cuidar do meu aparelho móvel?

A maioria dos aparelhos móveis são removíveis, o que significa que você os remove para comer, escovar e usar fio dental. Por esse motivo, são facilmente perdidos. Muitas pessoas embrulham os aparelhos móveis em um guardanapo ao comer, e os esquecem em seguida, tendo que gastar centenas de reais em uma nova peça. Uma boa solução é carregar sempre a caixa do seu aparelho móvel com você para guardá-lo toda vez que não estiver sendo usado. Para mais proteção, nunca deixe a caixa sobre a mesa ou balcão - sempre coloque-a imediatamente em sua mochila, bolsa ou bolso.
Seu dentista pode lhe fornecer mais informações sobre como limpar e cuidar do seu tipo específico de aparelho móvel. Independentemente do tipo, você deve se certificar de não sentar sobre ele, pisar nele ou danificar de qualquer outra maneira esse equipamento frágil e caro.
Quanto tempo eu preciso usar o aparelho móvel depois de tirar o aparelho ortodôntico?

Seu dentista pode lhe dizer por quanto tempo você deverá usar o aparelho móvel. Uma vez que o propósito desse dispositivo é evitar que seus dentes retornem à posição original, ele deve ser usado pelo menos até que seus maxilares e gengivas tenham tido tempo de se estabilizar ao redor dos dentes recém-alinhados. Muitos ortodontistas recomendam que crianças e adolescentes usem os aparelhos móveis até os 20 e poucos anos - até que todos os dentes permanentes tenham nascido e os ossos da face tenham parado de crescer.


Do Yahoo!

sábado, 24 de novembro de 2012

PRÓPOLIS PODE AUXILIAR NA CURA DE DOENÇAS BUCAIS



 Antibiótico natural e muito usado no combate às enfermidades, o própolis verde está em alta entre os pesquisadores. Na odontologia, o produto também ganha espaço nas pesquisas.


               O professor de patologia bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Vagner Rodrigues Santos, tem realizado estudos dos efeitos do própolis verde em micro-organismos que causam lesões na boca, como gengivite, candidíase, cárie, aftas e herpes. Inicialmente foi feito um trabalho com extrato alcóolico e gel de própolis em pacientes portadores de candidíase bucal. “O resultado mostrou-se eficaz quando comparado com outros antifúngicos usados para esse tratamento”, revela Santos.

                A pesquisa conta com a participação de mestrandos e docentes da unidade, alunos de iniciação científica, professores do Departamento de Química, do Instituto de Ciências Exatas (Icex), da Escola de Farmácia e da Faculdade de Odontologia. Há dois anos, o grupo passou a oferecer atendimento especial a pessoas com câncer de cabeça e de pescoço que têm disfunção provocada pela radioterapia, conhecida como “boca seca”, caracterizada por pouca ou nenhuma produção de saliva. Segundo o professor, a saliva protege a boca e controla o crescimento exagerado de micro-organismos potencialmente patogênicos. Se ela existe em quantidade insuficiente, a pessoa pode desenvolver mucosite (inflamação da mucosa) com sobreposição de outras doenças, como a candidíase bucal, popularmente chamada de sapinho. “Esse quadro deixa o paciente mais vulnerável. Ele sente dor até mesmo quando fala ou se alimenta”, diz Santos.
Para aliviar o mal-estar, o grupo de pesquisa criou um gel à base de própolis que lubrifica a boca e traz conforto. 
           Os resultados mostram que pacientes submetidos ao processo não desenvolvem mucosite, e, quando ela já existe, a complicação regride. “Em muitos pacientes, quando aplicamos o gel, a mucosite desaparece em até uma semana. E quando o gel é aplicado antes da radioterapia, a inflamação nem chega a aparecer. Isso se justifica pelos efeitos analgésico, anti-inflamatório e antimicrobiano do própolis”, diz o professor.
               O grupo também já fez uso do própolis contra a cárie. Foram identificados 14 extratos de própolis disponíveis no mercado de Belo Horizonte, vários deles provenientes de outros estados. As amostras foram utilizadas em testes in vitro para combater os micro-organismos patogênicos. Os experimentos mostraram que todas eles eliminam e inibem o crescimento desses micro-organismos danosos à saúde bucal em maior ou menor grau.
        O professor conta que foi feita uma pesquisa com alguns voluntários com alta susceptibilidade a cáries. Por motivos que podem envolver genética, questões sociais e hábitos de higiene, essas pessoas têm entre 100 milhões e um bilhão de bactérias na boca, número suficiente para causar cáries. Quando elas utilizam o gel e o enxaguante bucal à base de própolis por 20 dias, esse número cai para entre 10 mil e 100 mil.



Propriedades

        Antibiótico natural, é eficaz no tratamento de gripes, resfriados, inflamações de garganta, bronquites, úlceras. Anti-inflamatório; anestésico, acelera a cicatrização e alivia queimaduras. Suplemento alimentar, preventivo.

Instruções de uso

        Pode ser ingerido de preferência com água fria ou morna, sucos ou leite, pela manhã. Sugere-se de 15 a 20 gotas para crianças ao dia e 15 a 30 gotas ao dia para adultos.
Indicações
        Em afecções inflamatórias superficiais, como estomatite, amigdalite, gengivite, piorreia alveolar, hemorroidas. No caso de estomatite e inflamações da garganta, o extrato alcoólico atua melhor no sintoma, uma vez que cria uma película protetora no local onde foi passado
         É indicado para recuperação do estado de fadiga.  Em formato de enxaguante bucal, ajuda no ataque a bactérias que causam cáries
        É sugerido para reduzir as ulcerações e inflamações e amenizar os sintomas do reumatismo, diabetes, hipertensão. Fortalecimento da ação imunológica pela ação de linfócitos, estimulação do organismo enfraquecido, redução dos efeitos colaterais de anticancerígenos e radioterapia
Prevenção e tratamento de pneumonia crônica e bronquite infantil. Tratamento de queimaduras graves e efeitos sobre doenças dermatológicas




Fonte: ODONTO MAGAZINE / DIÁRIO DE PERNAMBUCO

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sorriso fortalece defesa imunológica e reduz estresse



      Terapia do Riso ajuda não só na qualidade de vida, como também contribui para o equilíbrio emocional. A terapeuta ocupacional da Dal Ben, empresa atuante com assistência domiciliar, Melina Nucci, acredita que uma boa estratégia para as pessoas auto-promoverem qualidade de vida é a Terapia do Riso.   É isso mesmo. Através do riso, sorriso, risadas e gargalhadas é possível diminuir o estresse, a dor, a tensão muscular, além de reduzir as chances de desenvolver depressão e manter o equilíbrio emocional.

De acordo com a especialista, as risadas aumentam a secreção de hormônio do crescimento diminuem o cortisol, liberam endorfina, auxiliam na oxigenação do corpo, liberam linfócitos T e aumentam as célular NK (Natural Killer). “Você fortalece a defesa imunológica e desfoca dos sofrimentos. Para as lactentes, que fornecem resistência imunológica através do leite materno, a terapia do riso promove melhoria na imunidade da mãe”, conta Melina.

Como praticar?
Acordar e fazer caretas para si próprio ou falar mensagens positivas e alegres pode despertar em você a vontade de rir. Além disso, você pode pensar nas suas façanhas, medos, desafios e culpas e simplesmente rir deles. Aproveite os momentos em que está sozinho, como no carro, no banheiro, no chuveiro e solte risadas, podem ser forçadas, mas com o tempo você estará rindo da sua própria risada. 

sábado, 18 de agosto de 2012

Queixa contra plano odontológico cresce 22%



Por Jose Gabriel Navarro
São Paulo - Governo federal e órgãos de defesa do consumidor registram aumento de queixas contra planos odontológicos. No primeiro semestre de 2012, aumentou em cerca de 22% a quantidade de reclamações na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na comparação com o mesmo período do ano passado. As queixas, que eram 301 na primeira metade de 2011, saltaram para 368 entre janeiro e junho deste ano. O índice de reclamações também aumentou no Procon-SP. Foram 401 registros no primeiro semestre de 2012 contra 387 no mesmo intervalo de 2011.

Os dados mostram, em parte, o aquecimento do setor de seguros odontológicos, que tem crescido mais do que o de planos de saúde convencionais. Entre abril e junho deste ano, a quantidade de segurados para redes de atendimento odontológico aumentou 1,66% em relação ao mesmo trimestre de 2011. Já são 17,3 milhões de consumidores em todo o País. No mesmo período, o número de segurados de planos de saúde tradicionais cresceu apenas 0,79%, segundo a ANS.

“Os contratos para esse tipo de serviço têm termos muito específicos. Normalmente, o vendedor ou corretor atrai clientes criando expectativas que não correspondem ao que consta no documento. É de difícil entendimento mesmo”, alerta a diretora de atendimento do Procon-SP, Selma do Amaral. Por isso, problemas com contratos e com cumprimento do que é ofertado lideram o ranking de queixas do Procon contra operadoras de saúde odontológica.

A falta de orientações dificulta inclusive a reação do consumidor prejudicado. A consultora de treinamentos Janaina Amoroso de Souza, de 28 anos, foi destratada por um dentista credenciado na rede de um plano da Porto Seguro. Ele chegou a cobrar um valor adicional pelo procedimento de extração dos sisos. A empresa diz ter pedido esclarecimentos ao prestador sobre o caso.

Janaina deixou o emprego, que ajudava a bancar a mensalidade do seguro, e ficou sem o tratamento. “No fim, paguei por um serviço que nem pude utilizar. Sinto uma dor terrível nos dentes”. De acordo com Selma, além de registrar a queixa no Procon, pelo 151 ou no site www.procon.sp.gov.br, o cliente deve recorrer à ANS (0800-701-9656 ou www.ans.gov.br). Também é possível ir a um Juizado Especial Cível.

Do outro lado dos problemas com operadoras de saúde odontológica, os profissionais da área também dizem sofrer abusos. “Trata-se de mão de obra qualificada, mas contratada a um preço mínimo”, diz a conselheira secretária do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Maria Lucia Zarvos Varellis. A autarquia fiscaliza dentistas atuantes no Estado. “Menos de 40% do valor faturado pelas operadoras brasileiras, que foi de R$ 1,6 bilhão em 2010, é repassado para os profissionais, só R$ 627 milhões. Afeta qualidade do atendimento”.

Selma, do Procon, diz que pode valer mais a pena firmar contrato diretamente com um dentista. “Ele também é fiscalizado pela ANS, tem deveres a cumprir, mas pode parcelar, fazer preços mais interessantes. Especialidades como ortodontia e periodontia geralmente não são cobertas pelos planos e é preciso verificar sempre se o que o corretor está ofertando consta de fato no contrato”. As informações são do Jornal da Tarde.
Jose Gabriel Navarro

sábado, 30 de junho de 2012

A boca no centro das atenções


A boca no centro das atenções

A medicina não reparava muito nela e a odontologia cuidava apenas dos problemas localizados. Agora, as duas disciplinas se uniram para estudar a relação entre a saúde da boca e o que acontece no restante do organismo. E vice-versa

Aretha Yarak - Revista VEJA
Escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista a cada seis meses ajuda a evitar inflamações nas gengivas - problema que pode estar relacionado com outras doenças sistêmicas
Escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista a cada seis meses ajuda a evitar inflamações nas gengivas - problema que pode estar relacionado com outras doenças sistêmicas (iStockphoto)
Placas dentárias podem aumentar em até 80% os riscos de uma morte prematura causada por câncer. O alerta, publicado recentemente no periódico British Medical Journal, é apenas o mais recente de uma série de estudos que vêm movimentando a odontologia e a medicina. Recentemente, o avanço na tecnologia de detecção de doenças e um movimento realizado pela classe odontológica "para trazer a boca de volta ao corpo” — ou seja, estudar sua relação com o resto do organismo — alavancaram o número de estudos que relacionam as duas áreas. Como resultado, foi desvendada uma série de relações entre infecções que ocorrem na boca e problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer, osteoporose, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso. 

Saiba mais

DOENÇA PERIODONTAL
A infecção crônica de origem bacteriana que atinge a gengiva e os tecidos dos dentes. A doença é causada pelo acúmulo de bactérias entre os dentes e a gengiva, e pode levar à perda dentária. Problema dentário mais comum em adultos, a periodontite é ainda uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns no mundo. Sua forma inicial, e mais comum, é a gengivite, caracterizada por uma inflamação leve das gengivas — que ficam avermelhadas, inchadas e chegam a sangrar. A evolução da doença pode levar anos, causando a perda de tecido de suporte do dente — como o ósseo —, o que acaba por ocasionar a perda de um ou mais dentes.
A ideia de relacionar a saúde bucal com problemas em outras áreas do corpo surgiu no início do século XX. Nessa época, acreditava-se que infecções com origem na boca poderiam ser a causa direta de outras doenças – nascia aí a tese da infecção focal. "Foi uma catástrofe, várias pessoas tiveram os dentes arrancados desnecessariamente. A odontologia acabou sendo desconsiderada pela medicina", diz Giuseppe Romito, professor titular de periodontia da Universidade de São Paulo. Acreditava-se, sem qualquer base científica, que arrancar os dentes com problemas evitaria que a infecção fosse disseminada.
Segundo o especialista, a meta agora é fazer com que a boca volte a ser entendida como uma parte integrante do corpo. Em outras palavras, os dentistas vêm tentando provar cientificamente que o que acontece dentro da boca tem uma relação direta com o funcionamento de todo o organismo.
Prova científica — Foi apenas na década de 1970, quando o dentista americano Steven Offenbacher realizou pela primeira vez um teste clínico que ligava processos inflamatórios na boca com a ocorrência de parto prematuro, que a relação boca e corpo começou a ser levada a sério novamente. Teria início, então, uma caçada científica por quaisquer relações com as demais inflamações do corpo. Dezenas de estudos conseguiram confirmar os achados de Offenbacher e encontraram ainda conexões dos males bucais com diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares, de próstata, osteoporose e câncer.
Quando começou suas investigações, Offenbacher pôde estabelecer apenas uma relação epidemiológica entre as inflamações na gengiva causadas por bactérias e parto prematuro. Hoje, no entanto, uma série de estudos conseguiu provar com mais precisão a relação entre essas duas condições. Em uma pesquisa publicada em 2007 no Journal of Periodontology, o especialista mostrou que quanto mais cedo se der a exposição às bactérias, maiores serão os riscos do parto prematuro. Nos dados coletados por Offenbacher, descobriu-se que a exposição com 32 semanas de gestação aumentava os riscos de parto prematuro 3,7 vezes. Com 35 semanas, o risco aumentava duas vezes.
Efeito cascata — As infecções bucais podem causar prejuízos aos demais órgãos por dois processos inflamatórios diferentes. No primeiro e mais simples, as bactérias alojadas na gengiva se deslocam pelo organismo e se instalam em determinados órgãos, prejudicando seu funcionamento. Nesse caso está o mais conhecido dos problemas, e o único que é, de fato, causado diretamente pela inflamação na boca: a endocardite bacteriana. "A bactéria da gengiva viaja pela corrente sanguínea até as veias coronárias (que levam sangue ao coração) e se alojam ali, infeccionando a membrana da válvula", diz Rodrigo Bueno de Moraes, periodontista e consultor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Em abril deste ano, a Academia Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) publicou um artigo no periódico médico Circulation confirmando que existe, de fato, uma associação entre a doença periodontal e a arteriosclerose (endurecimento das artérias). Apesar da relação, não é necessário que pessoas com boa saúde procurem um cardiologista a cada inflamação na gengiva. 
Há uma segunda maneira pela qual as doenças bacterianas que ocorrem na boca repercutem em outras partes do corpo. Enquanto luta para exterminar as bactérias invasoras que tiveram origem na boca, o sistema imunológico libera diversas substâncias no organismo. Isso causa um desequilíbrio químico, elevando os níveis de substâncias que interferem no funcionamento de órgãos, do metabolismo e de sistemas inteiros do corpo. É o caso, por exemplo, do diabetes. O processo inflamatório na gengiva não causa a doença, mas ajuda a desequilibrar o balanço químico do organismo, dificultando, assim, o controle dos níveis de glicose. Mas a relação entre as condições é uma via de mão dupla. O diabetes, por si só, pode piorar quadros de inflamação gengival.
Em pesquisa publicada no periódico The Journal of the American Dental Association (JADA), o pesquisador IB Lamster descobriu que conforme o índice glicêmico de pacientes com diabetes perdia o controle, os efeitos colaterais da doença nas inflamações da gengiva ficavam mais sérias. Esse mesmo desequilíbrio químico pode estar relacionado ainda com problemas como câncer, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso, artrite reumatoide e obesidade. Prestar atenção ao que acontece na boca, está provado, pode ser não só uma boa maneira de evitar doenças, mas também detectá-las.

Fuja das bactérias

Dados epidemiológicos estimam que 90% da população mundial têm gengivite e que 30% têm doença periodontal. Para manter a boca livre das bactérias é preciso escovar os dentes e usar o fio dental, no mínimo, duas vezes por dia. “Não adianta repetir o procedimento dez vezes, se você não escovar ou limpar corretamente”, diz Romito. É recomendado ainda que se faça visitas semestrais ao dentista, com realização de exames de sonda (análise da gengiva) e de raio-X (análise dos ossos do maxilar). O procedimento é protocolar e deve ser pedido em toda consulta de rotina. Alguns materiais, porém, oferecem maior proteção, como, por exemplo, a escova interdental. Ela é mais eficaz que o fio dental para limpeza entre os dentes. Existe também a escova de tufo único, que costuma ser indicada para pacientes que têm doenças periodontais, como um complemento à escova comum.

Sinal de alerta

Mesmo quem mantém uma disciplina exemplar de limpeza dentária corre o risco de deixar algum canto mal limpo, dando brecha para a infestação de bactérias. Segundo dentistas, é difícil conseguir deixar a boca completamente limpa - por isso, a importância da visita regular ao dentista. “É importante lembrar ainda que o fio dental não remove apenas a sujeira entre os dentes. Ele também retira as placas bacterianas”, diz Rodrigo Bueno de Moraes, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Sangramentos durante a escovação ou o uso do fio dental são indícios de uma possível inflamação – e não de uma limpeza feita de maneira errada.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A longa história da cárie


Interessante  matéria do Jornalista Fernando Reinach - O Estado de São Paulo.
Muita coisa melhorou na vida do Homo sapiens nos últimos 20 mil anos, mas uma piorou: a quantidade de cáries. É o que concluiu um grupo de dentistas, antropólogos e arqueólogos.
Saber se diabete ou hipertensão eram frequentes na Idade da Pedra Lascada é praticamente impossível. Esqueletos, ruínas e artefatos são tudo de que dispomos para entender como era a vida de nossos ancestrais.
Algumas vezes encontramos ossos quebrados e marcas de pancadas nos crânios, o que permite avaliar o nível de violência ou os acidentes do no dia a dia. Mas talvez nunca venhamos a saber a incidência de doenças metabólicas ou a prevalência da obesidade.
Mas, se essa ignorância incomoda os médicos, os dentistas têm mais sorte. A quantidade de fósseis de crânios humanos é enorme. Muitos se dedicam a verificar o estado dos dentes de nossos antepassados, correlacionando seus achados com a época em que viveram, seus hábitos alimentares e a idade de cada um.
Nossos parentes distantes, os macacos, dificilmente apresentam cáries durante a maior parte de sua vida. Elas e outras doenças dentárias só aparecem no final da vida e são sinal de envelhecimento.
O que sabemos dos dentes de nossos ancestrais mais antigos vem do exame de crânios de humanos que viveram antes do desenvolvimento da agricultura. Examinando mais de mil crânios dessa época, foi constatada pelo menos uma cárie em só 2% dos indivíduos. Eram coletores e caçadores, comiam raízes, frutos, sementes duras e um pouco de carne.
O estado dental começou a piorar há 13 mil anos, no Neolítico, quando surgiu a agricultura. Nessa amostra de crânios, 9% deles possuíam uma cárie. Nessa época o consumo de grãos moídos, ricos em carboidratos, começou a fazer parte da dieta humana. Muito depois, tanto no Egito (há 3,3 mil anos) quanto nos crânios de aborígenes australianos (há uns 70 anos), a quantidade de cáries era próxima a 2%, mas esses povos não haviam adotado completamente a dieta rica em grãos típica das civilizações que adotaram a agricultura.
Açúcar. Nas populações europeias, há até 4 mil anos, a quantidade de crânios com cáries era de 10%. Há cerca de 2,3 mil anos, Alexandre, o Grande, trouxe o açúcar à Grécia. A quantidade de cáries aumentou lá, em Roma e depois em toda a Europa durante a Idade Média. O mesmo ocorreu na Inglaterra, quando, após a conquista das Índias, os navios trouxeram grandes quantidades de açúcar. O imposto sobre o açúcar foi reduzido em 1874 e o consumo explodiu. A partir desse momento, mais de 90% dos crânios ingleses possuem múltiplas cáries em quase todos os dentes.
Nessa época a alta incidência de problemas dentários fez com que as pessoas passassem a limpar os dentes: surgiram escovas, pastas, dentistas. Essa nova tecnologia estancou a incidência de cáries, que estabilizou em nível alto (50% a 90% das pessoas com cáries) na a Europa até meados do século 20. Em 1970, foi introduzido o flúor na água, o que melhorou um pouco a situação. Agora, no início do século 21, pela primeira vez a incidência está aumentando novamente.
A introdução de carboidratos purificados (amido) e solúveis (açúcar) em nossa dieta é provavelmente o grande culpado pelas cáries. Esse estudo é um bom exemplo de como a evolução tecnológica da humanidade é muito mais rápida que a biológica.
Nossa espécie viveu por milhões de anos comendo raízes, frutas, grãos e carne. Sobreviveram os indivíduos com dentes que resistiam nesse ambiente, mesmo sem higiene bucal. Mas o homem descobriu a agricultura e, com ela, carboidratos fáceis e baratos. E começou a consumi-los, apesar de seus dentes não estarem adaptados. Os dentes passaram a apodrecer rapidamente, o que deveria ter pressionado a população a comer menos destes alimentos. Mas novas tecnologias, como a escova e a dentadura, livraram-nos da pressão seletiva, a força maior da evolução.
A lição é simples: qual a melhor dieta para o ser humano? Aquela para a qual fomos selecionados durante milhões de anos, a dos que viveram antes da descoberta da agricultura.
* BIÓLOGO
MAIS INFORMAÇÕES: AN EVOLUTIONARY THEORY OF DENTISTRY. SCIENCE,  VOL. 336,  PÁG. 973,  2012

terça-feira, 22 de maio de 2012


Como escolher meu dentista?


Um bom início é pedir referências para as pessoas em quem você confia: seus amigos, membros de sua família, conhecidos, colegas de trabalho, seu farmacêutico ou o médico da família. Pergunte a eles com que tipo de dentista fazem o seu tratamento dentário (clínico geral ou especialista), há quanto tempo tratam com este profissional e como é o relacionamento que mantém. É importante que você escolha um dentista com quem você se sinta bem.

Para escolher bem seu dentista, você pode também:
  • Ligar para uma associação de dentistas e solicitar uma lista dos profissionais recomendáveis.
  • Fazer uma busca na Internet. A cada dia aumenta o número de dentistas que têm sites onde explicam seus métodos de tratamento.

Que tipo de dentista eu estou precisando?

Os profissionais com formação geral são treinados para fazer todo tipo de tratamento e podem, se for preciso, indicar um dos especialistas relacionados abaixo:
  • Odontopediatra: especializado no atendimento de crianças.
  • Endodontista: diagnostica e trata de enfermidades da polpa dentária e canais radiculares (muitos dentistas gerais também fazem tratamentos de canal).
  • Protesista: especializado na confecção de coroas , próteses dentárias fixas, removíveis ou próteses totais conhecidas comodentaduras .
  • Patologista bucal: usa procedimentos laboratoriais para diagnosticar problemas bucais. Também é especializado em odontologia forense.
  • Cirurgião bucal/maxilofacial: remove cistos, tumores e dentes. É preparado para corrigir fraturas ou outros problemas que exijam tratamento cirúrgico, inclusive da articulação temporomandibular (ATM ). Esses profissionais também usam métodos de cirurgia plástica para eliminar ou reduzir problemas do maxilar e da face.
  • Ortodontista: especializado na correção da posição dos dentes por meio de aparelhos ortodônticos.
  • Periodontista: especializado no diagnóstico e tratamento das doenças da gengiva.

Como se tornar um dentista?

Para se tornar um Dentista, é necessário ingressar num curso de Odontologia reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação)e pelo Conselho Federal de Odontologia. O curso tem duração de 5 anos ou 10 semestres e dá direito a licença pelo Conselho Federal de Odontologia, através do nº de CRO, emitido pelo Conselho Regional de Odontologia de seu estado. Após o término do curso, geralmente realiza-se um curso de especialização, onde o dentista escolhe uma das áreas da Odontologia para atuar Ortodontia, Periodontia, Odontopediatria, Cirurgia, entre outras)


quarta-feira, 14 de março de 2012

Aparelho nos dentes, antes motivo de piada, agora é moda




                   Sorriso metálico virou moda. Aparelhos para os dentes têm borrachas coloridas e em forma de bichos, são feitos com material que brilha no escuro e "glitter".
Com tanta novidade para atrair crianças, ferros na boca não são mais motivo de piada, como eram há pouco tempo. Além de acessórios fashion (da moda), o aumento do uso fez com que os aparelhos não parecessem estranhos.

                    Antes, eles não eram tão comuns. O tratamento era mais caro e acreditava-se que era preciso esperar os dentes permanentes para usá-los. Essa ideia mudou. "Os dentes são como planta. Quando nasce torta, é mais fácil corrigir antes de que cresça", diz Inês Verginia Zampieri Bof, especialista em ortodontia (correção dos dentes) infantil.
O Brasil começou a produzir aparelhos, o que os tornou mais baratos (antes, vinham de outros países).
Mordida

                A Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial calcula que, de cada 10 crianças entre seis e dez anos, 6 precisam corrigir dentes ou mordida errada -- é como se a boca fosse uma caixa, em que os dentes de cima são a tampa e precisam se encaixar direito na parte de baixo.
Com cerca de três anos, a criança já pode passar por um especialista.
Mirela Boralli Arsuffi usa aparelho móvel há seis meses para acertar a mordida. Como só tem quatro anos de idade, o tratamento deve ser rápido e acabar em mais dois meses. "Essa correção deve ser feita o mais cedo possível", diz Cássio José Fornazari Alencar, especialista em odontopediatria da Universidade de São Paulo.

É bonitinho... mas dá trabalho!

               Rafaella Cassasa, 12, ficou com medo de que os amigos não gostassem do novo visual. Mas eles aprovaram, principalmente os elásticos coloridos. Seu irmão, Rodrigo, 13, reclama que dá trabalho limpar os ferros. Mas, após cinco anos com aparelho, acha que o esforço vale para ter um sorriso mais bonito.
              Ricardo Cruz, presidente da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial, diz que, hoje, a maior parte das crianças que vai ao seu consultório quer arrumar os dentes. Caio Henrique Nunes, 10, por exemplo, tinha os dentes de cima muito para a frente. Há um ano, usa o fixo (ferros colados nos dentes). "Demoro uns 15 minutos para limpar e passar fio dental, mas eu não reclamo. Fiquei mais bonitinho."
               Ana Paula Camolez, 7, usa o móvel --aquele que é tirado para comer e escovar os dentes. A limpeza é fácil. O problema é o risco de perder. "Uma vez, embrulhei o aparelho no guardanapo e ele foi parar no lixo."

FILIPE OLIVEIRA
RAPHAEL SASSAKI
AMON BORGES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dor de cabeça frequente e estalos ao abrir e fechar a boca podem sinalizar bruxismo

 

Não tratado, o problema pode levar à perda dos dentes e lesões nas articulações da mandíbula, com sérios prejuízos à mastigação.
O clichê sempre compara uma noite de sono tranqüilo à “dos anjos”, mas um distúrbio temporomandibular, conhecido popularmente como bruxismo, pode tornar o sonho em pesadelo. Caracterizado como um hábito de ranger e/ou apertar os dentes durante o sono, além de um barulho incômodo, o bruxismo pode causar diversos problemas à saúde, entre eles, o desgaste e amolecimento dos dentes.
De acordo com estudos epidemiológicos, cerca 90% da população apresenta sinais e sintomas do bruxismo, porém apenas de 5% a 20% destas pessoas têm consciência do problema. Segundo Rodrigo Godoy, dentista especialista em ortodontia da Odontoclinic, maior rede de clínicas odontológicas do País, grande parte dos pacientes só descobrem o bruxismo após outra pessoa presenciar o incômodo noturno, ou quando procuram assistência médica ou odontológica e os sinais já são visíveis.
Como detectar
A dor de cabeça é o sinal mais comum do bruxismo, mas sintomas como estalos ao abrir e fechar a boca, alterações no sono, dor e zumbido no ouvido e dores no pescoço, mandíbula e músculos da face podem sinalizar o problema. Ainda de acordo com Godoy, a disfunção está ligada a fatores genéticos, a situações de estresse, tensão, ansiedade, ou a problemas físicos como o fechamento inadequado da boca.
Não tratado, o distúrbio pode levar à perda dos dentes e lesões nas articulações da mandíbula, com sérios prejuízos para a mastigação. Nos casos mais graves podem ser gerados problemas ósseos. “Isso acontece devido a região não estar preparada para movimentos de tanta intensidade. Quem tem bruxismo chega a apertar os dentes 12 mil vezes durante a noite, enquanto uma pessoa comum faz o movimento apenas 280 vezes”, acrescenta Rodrigo Godoy.
Tratamento
Para o diagnóstico preciso, é indicada a realização de uma polissonografia, exame que avalia o comportamento durante o sono. O procedimento identifica o grau do distúrbio e orienta como deve ser realizado o tratamento. Atualmente, a terapia mais empregada para o alívio dos sinais e sintomas do problema é a utilização de placas interoclusais, um aparelho intra-oral confeccionado com resina acrílica que tem como função evitar o atrito entre os dentes superiores e inferiores. “Elas ajudam a restringir os movimentos dos músculos mastigatórios e a reduzir o atrito que provoca o desgaste e o abalo dos dentes, porém cada caso é analisado e cuidado de forma exclusiva com visitas freqüentes ao consultório”, explica o especialista. “Vale ressaltar que hábitos como, mascar chicletes, morder ou apertar objetos estranhos também devem ser eliminados durante o tratamento”, finaliza Godoy.
O portador de bruxismo deve constantemente visitar o dentista para que seja orientado pelo profissional. Até o momento, a cura permanente do bruxismo é desconhecida e aspectos relacionados ao tratamento e causas continuam sendo estudados.
Veja algumas dicas do especialista em ortodontia da Odontoclinic, Rodrigo Godoy, sobre hábitos que podem levar ao bruxismo e como detectá-lo.
Como saber se tenho Bruxismo?
Segundo o especialista, pessoas que têm bruxismo geralmente acordam com sintomas como:
- Músculos do rosto cansados, fatigados ou doloridos
- Dor de cabeça constante
- Dentes doloridos e com sensação de amolecidos
-Hábito freqüente de ranger os dentes a noite
- Percebem-se apertando os dentes durante o dia
-Apresenta dentes desgastados
O que pode levar ao Bruxismo?
- Morder lábios e objetos
- Roer unhas
- Interferências dentais
- Interposições linguais
- Parasitas do sistema gastrointestinal
- Deficiências nutritivas
- Distúrbios endócrinos
- Alergia pediátrica
- Estresse emocional ou ansiedade