sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PARA PREVENIR ENFARTOS POR BACTÉRIAS

A quase totalidade dos congressos de cardiologia dos tempos atuais tem debatido um tipo de problema cardiológico que vem se tornando cada vez mais frequente entre seus pacientes, que são as endocardites bacterianas, decorrentes de processos infecciosos, principalmente os que tem origem na cavidade oral e, por consequência, causadores de uma proliferação de bactérias nocivas ao organismo. O fato preocupante é que pessoas com alguma predisposição a problemas cardiológicos, com uma simples inflamação das gengivas ou infecção de um canal não tratado, aumentam enormemente o risco de sofrerem acidentes cardiológicos, que poderiam ser evitados ou ter seu risco sensivelmente reduzido.



Solução odontológica para estes problemas é relativamente simples e fácil. Constitui-se no tratamento de cáries, inflamações das gengivas decorrentes da presença de tártaro ou placa bacteriana e tratamento dos canais radiculares quando infeccionados ou em vias de apresentarem problemas em decorrência de cáries muito extensas, não tratadas no tempo certo. Solucionada a origem destes e de algum outro problema que poderá tornar-se foco infeccioso, além da correta continuidade de higienização para que os motivos que originaram estes problemas não retornem, a probabilidade de propagação de bactérias originadas na cavidade bucal reduz-se a quase improbabilidade de seu ressurgimento enquanto mantido o tratamento. Pacientes que já apresentaram manifestações cardiológicas ou de infecção na cavidade oral, devem ser, eles próprios, os grandes zeladores para que as causas destes riscos não voltem a manifestar-se.



A partir dos trinta e cinco, quarenta anos, pessoas com algum histórico cardiológico na família ou portadores de algum fator de risco, como, por exemplo: hipertensão, fumo ou dependência alcoólica devem anualmente fazer um check up bucal, procurando identificar dentes ou áreas das gengivas que, se não tratadas, poderão originar um processo infeccioso e permitir que as bactérias dele consequentes migrem naturalmente, com os alimentos, para a circulação sanguínea e desta para o coração. Os cardiologistas, por estarem preocupados com outros sintomas ou manifestações dos problemas do coração, nem sempre tem sua atenção voltada para este fator de risco, até porque os exames cardiológicos, de rotina não incluem exame bucal e mesmo que o fizessem, seria difícil a identificação destes problemas por tratar-se de outra área, com patologias distintas.



Todo paciente, com algum tipo de problema cardio­lógico, mesmo que de pequeno risco, deve informá-lo a seu Dentista, para sua própria segurança e para que o profissional de posse desta informação use medicamentos e materiais apropriados para o seu caso, como por exemplo, anestésicos sem vaso constritor. Não tendo esta informação os Dentistas usam, rotineiramente, os do tipo com vaso constritor, para evitar ou diminuir o sangramento, ainda que pequeno, durante seu trabalho, para comodidade do paciente. Outra razão é a prescrição de medicamentos após as cirurgias que caso, haja contra-indicação, pode e deve ser alterada. Não existe motivo para pacientes com algum tipo de problema cardiológico buscar especialista na Odontologia, mas não deve o paciente a qualquer pretexto omitir tal informação. Todos os Dentistas foram preparados durante os longos anos de estudo que tiveram, a tratar pessoas nestas situações, inclusive para primeiros socorros que por ventura se façam necessários. Comentado o fato, os Dentistas tratarão inclusive de diminuir a ansiedade do paciente que poderia levar a um aumento da pressão, fazendo com que seu tratamento ande num ritmo mais pausado, sem apuros.



RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista, Odontex, 2001

domingo, 17 de outubro de 2010

PARA TRATAR DO RONCO E APNÉIA

O incômodo de roncar, para muitos, não tem solução. Para uns só com cirurgia e para outros, com cirurgia melhor deixar como está, para tormento dos que com o ronco tem que conviver, que não o próprio roncador, porque este por estar dormindo não percebe o quanto ronca e não tem seu sono atrapalhado ou inviabilizado pelo zumbido contínuo e constante a que são submetidos ou torturados seus companheiros e companheiras. De uma forma simples, para ser mais bem compreendido, o roncar é a vibração de membranas no interior da cavidade oral, que pela idade e pelo aumento de gorduras na região, vibram mais ou menos, na entrada ou na saída do ar, principalmente dos respiradores bucais. Com os anos, estas membranas vão se tornando mais flácidas, provocando um aumento da região susceptível de vibrações, fazendo com que o roncar seja cada vez mais intenso e forte. Por ser involuntário é totalmente incontrolável, sendo às vezes, um pouco atenuado com uma mudança de posição de quem está roncando, por alterar a posição dos tecidos que estavam vibrando.



A intervenção do Dentista nestes casos não é solução definitiva, se bem que na maioria dos casos elimina integralmente o zumbido indesejável. Trata-se de colocação de uma placa do tipo das de relaxamento, indicada para pessoas bruxônomas (que rangem os dentes enquanto dormem) ou para pequenas correções dos dentes nos casos em que um dispositivo simples como este tem condições de corrigir. Estas placas, além de permitirem um sono mais leve, impedem um desgaste dos dentes e, se elaboradas com conhecimento anatômico da região que provoca o ronco, pela suspensão dos tecidos flácidos, impedem sua vibração e, por conseguinte o incômodo de roncar. Uma hipótese que ainda necessita de acompanhamento de muitos casos por muito tempo, é a de que o uso sistemático deste dispositivo, todas as noites, pode ir conformando os tecidos da região flácida, corrigindo seu posicionamento e eliminando a possibilidade de vibração, mesmo sem o uso do aparelho. Talvez não em todos os casos, mas em um bom número, isto poderá acontecer, o que seria um motivo a mais para se continuar estudando esta alternativa de tratamento.



Para os que convivem com o problema, esta é uma grande solução, porque certamente permitirá que voltem a dormir. Para quem ronca, uma tentativa de solução sem cirurgia, sem dor, sem remédios e o que é mais interessante, extremamente acessível por ser barata, fácil e rápida de fazer, além de apresentar resultados imediatos com o simples uso do aparelho. Dá a seu possuidor a liberdade de colocar e tirar quando quiser, o que é uma alternativa importante para aqueles que não roncam sistematicamente e que podem utilizá-lo quando o prejudicado o solicitar. Além de não incomodar, para os que tem vida dinâmica e agitada, justamente os que tem o sono mais pesado e mais predispostos ao roncar, tem uma vantagem adicional ao servirem como placa de relaxamento, evitando assim afrouxamento ou desgaste dos dentes.



Se você já recebeu comentários de que costuma roncar, pergunte ao seu Dentista se ele confecciona este tipo de aparelhos ou se sabe lhe indicar algum colega que tenha estudado o assunto para lhe indicar com esta finalidade. Depois de pronto o aparelho, seu próprio Dentista poderá proceder a alguns ajustes por conta de alguns acertos que se façam necessários, pois com o uso, pode estar apertando um ou outro dente ou bochecha, visto que o mesmo é de uso indefinido e requerendo somente higienização após o uso.


RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista, Odontex, 2001

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Seu filho chupa o dedo?

Qual criança nunca chupou o dedo? O hábito, que surge quando o bebê ainda está na barriga da mãe, tem várias causas e as consequências podem ser severas. Pediatras estimam que pelo menos 18% das crianças entre dois e seis anos chupam o dedo. De acordo com o ortodontista e ortopedista-facial da Clínica Köhler Ortofacial, Gerson Köhler, a face é a região mais deformável de todo o corpo humano. “O desenvolvimento facial de uma criança é influenciado por componentes genéticos ou pela ação de fatores externos. A maioria das anomalias dentofaciais ocorrem devido a hábitos nocivos como a sucção de dedos, uso de mamadeira ou chupeta além dos três anos e até mesmo o costume de roer as unhas”, explica o ortodontista.

Este tipo de comportamento - pelas pressões inadequadas que causa - prejudica o crescimento dos ossos da face e consequentemente do posicionamento dos dentes nas arcadas. “Até os três meses de vida a criança leva o dedo à boca involuntariamente por algum reflexo ou fome, mas depois ela já tem controle deste movimento. O fato é que os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da região bucal - responsável pela fala, mastigação, respiração, deglutição e sucção – e da face como um todo. Chupar chupeta ou os dedos depois dos 3 anos de idade prejudica o desenvolvimento facial da criança”, assegura Gerson.

Juarez Köhler, especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial e que também faz parte da Clínica Köhler Ortofacial, aponta as consequências destes hábitos nocivos. “Dificuldade de fala, problemas respiratórios, alterações na musculatura facial, mordida aberta e/ou cruzada, ronco e até problemas emocionais e psicológicos”, ressalta.

O especialista afirma ainda que existem outros costumes como dormir com a cabeça em posição inadequada, morder objetos (canetas, lápis), apertar os dentes e manter uma postura incorreta da cabeça e do pescoço durante o dia que também podem influenciar negativamente no crescimento do rosto e na disposição dos dentes na arcada dentária.

Gerson recomenda aos pais ficarem atentos a alguns sinais de alerta que a criança pode apresentar. “Se a criança respirar pela boca é um alerta para procurar um ortopedista facial. Certamente o desequilíbrio muscular causado pela função inadequada - pois a respiração deve obrigatoriamente ser feita pelo nariz e não pela boca - mudará todo o comportamento da musculatura do rosto. Isso alterará a forma e o direcionamento de crescimento dos ossos, principalmente maxila e mandíbula”, esclarece.

É importante que, assim que os pais perceberam alguma alteração na criança, ela seja levada a um especialista para ter o diagnóstico correto e o tratamento adequado. “Quanto mais cedo, melhor. O tratamento do o crescimento e do desenvolvimento craniofacial pode ser complexo e exigir uma atuação multidisciplinar, com médicos e ortodontistas. O ideal é procurar um profissional da área da ortopedia facial ou ortodontia pediátrica para ser feito uma análise adequada”, finaliza Juarez.

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Quando começa um tratamento Ortodôntico

Às vezes, por fatores genéticos ou por hábitos de infância, como uso prolongado da chupeta ou chupar o dedo, ocorre um mau posicionamento dos dentes na arcada, fazendo com que algumas vezes a estética seja ruim e em outros, que haja prejuízo da função mastigatória, pela impossibilidade que estes dentes tortos articulam bem entre si. Pode acontecer também prejuízo da função fonética impedindo ou dificultando a correta articulação das palavras. Quando os dentes estão apinhados faz-se difícil sua higienização, o que acarretará, no futuro, a presença de cáries e, depois de certa idade problemas nas gengivas não adequadamente higienizadas. Isto tudo sem falar dos prejuízos estéticos que dentes tortos podem trazer, justamente numa fase em que a aparência é fundamental e fator de aproximação entre pessoas.



Nos diferentes estágios do problema, nas distintas faixas etárias e nos variados tipos de anomalias referentes ao posicionamento dos dentes, existem distintas maneiras de solucionar esse tipo de problema. Desde simples aparelhos para uso exclusivamente noturno, passando por aparelhos para uso contínuo, mas removíveis, por aparelhos extra-orais, por aparelhos fixos parciais ou totais, até a necessidade de extrações ou cirurgias para corrigir tamanho ou posiciona­mento dos maxilares. Quanto mais simples for o caso e quanto antes iniciar o tratamento, mais fácil será a solução e mais cômodos os métodos utilizados. Os aparelhos móveis, normalmente, requerem um tempo de utilização mais curto, diferentemente dos aparelhos fixos, que são colados nos dentes e quase sempre requerem tempo de tratamento mais prolongado, assim como as cirurgias, quer para extrações, como para correções, requerem período de preparação e idade certa para intervenção. Os tratamentos podem ser preventivos ou corretivos, de acordo com o caso e com a idade da pessoa.



Se os tratamentos indicados forem os preventivos, as despesas decorrentes serão bem menores e boas chances de solução dos problemas. Nos corretivos, com aparelhos fixos ou móveis, os valores serão maiores, se bem que distribuídos ao longo do tempo de duração do tratamento. Tratamentos iniciados na dentição mista, além de se gastar menos, têm a vantagem de serem os aparelhos mais cômodos e removíveis. Os resultados melhores aumentam nesta situação. Outra vantagem dos dias de hoje é que os aparelhos corretivos usados contam com opções coloridas, que dão uma aparência mais discreta. Ter uma dentição correta do ponto de vista da posição dos dentes é um benefício que se levará para o resto da vida.



Mesmo não suspeitando de problemas de posicio­namento dos dentes de seus filhos, não hesite em perguntar ao seu Dentista se ele necessita visitar um especialista para uma melhor avaliação. Esta pergunta, feita antes da adolescência, o ajudará a economizar tempo e dinheiro. O especialista certo para tratamentos de correção dos dentes é o ortodontista ou ortopedista facial. É a pessoa mais indicada para o tratamento, como também para dar um diagnóstico se é necessária ou não a utilização de aparelhos. Sendo necessário, não arrisque, procure um especialista, ou vários se quiser comparar preços e opiniões, mas não deixe de fazer o tratamento na idade certa, porque as opções com mais idade são bem menores.



RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista, Odontex, 2001