quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Conheça técnicas para deixar os dentes mais brancos

Todos nós admiramos o sorriso claro e branco dos artistas de cinema e televisão. É comum pensar que é quase impossível ter um sorriso tão próximo da perfeição segundo os padrões modernos. Mas, para ter um sorriso branco, só é preciso ter a saúde bucal em dia, através de visitas semestrais ao dentista que controla a presença de cáries, infiltrações em restaurações, coroas ou próteses. Ao irmos ao dentista, o profissional também detecta a presença de doenças periodontais, que podem levar a outras complicações se não forem tratadas. Mas além desses cuidados, as pessoas que procuram um sorriso mais branco, podem optar por técnicas de clareamento dentário.

Durante os dois tratamentos deve-se evitar: cigarro e consumo de bebidas e comida com corantes.

Tipos de clareamento

O Clareamento dentário pode ser feito de duas maneiras: o doméstico ou a laser no consultório. É importante lembrar que não devemos fazer nenhum dos dois tipos de clareamento sem a supervisão de um dentista.

A primeira opção é feita com gel clareador aplicado em uma moldeira de silicone que é feito no consultório do dentista. O clareamento doméstico leva geralmente entre 15 a 20 dias por arcada dentária. A substância mais utilizada é o peróxido de carbamida, que não traz quaisquer efeitos colareis para a boca. Depois de três a quatro dias de uso do clareamento doméstico, já se nota dentes mais claros e um sorriso mais branco. O cirurgião dentista orienta o paciente que executa o clareamento em casa, mas são agendadas consultas para supervisionar o resultado do tratamento.

O Clareamento a laser é feito no consultório, cada sessão leva entre 40 minutos a um hora e meia e é aplicada a solução clareadora seguido do laser para ativação da reação química. Geralmente são necessárias três a quatro sessões para atingir resultado, dependendo da cor inicial do dente, no caso de dente escuro ou manchado.

Cuidados

Durante os dois tratamentos deve-se evitar: cigarro e consumo de bebidas e comida com corantes. A utilização de cremes dentais branqueadores contribui para a remoção de manchas e prevenção do amarelamento dos dentes. Outra dica é escovar ou enxaguar os dentes imediatamente após o consumo de alimentos ou bebidas que possam manchá-los. Também é válido usar um canudo para tomar bebidas que pigmentam os dentes.


O Clareamento não desgasta nem altera a estrutura dentária. O único efeito que pode resultar, apenas durante o tratamento, é de sensibilidade, que pode ser controlada com uso de cremes dentais para sensibilidade, bastante comuns e fáceis de serem encontrados.

Após um ano o clareamento pode ser retocado e é muito fácil e acessível ter um sorriso saudável e branco como os das estrelas de cinema.

Corpo e saúde - msnminhavida.com.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Plano odontológico: vale a pena pagar?

Rosa Falcão- Diário de PE
rosafalcao.pe@dabr.com.brEdição de sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ProTeste testou 18 serviços e comprovou desde restrições a coberturas até prazos longos de carência

Quando vale a pena ter um plano de saúde odontológico? A ProTeste - Associação de Consumidores fez uma pesquisa com 18 convênios odontológicos com abrangência nacional para avaliar como as operadoras se comportam em relação às coberturas, exclusões, autorização para exames, carências e ao reembolso. Os resultados indicam que a maioria dos planos só cobre os procedimentos básicos, restringe a colocação de aparelhos ortodônticos, impõem períodos longos de carência, além de apresentar diferenças de preços de até 65%. Diante do diagnóstico, o consumidor deve redobrar os cuidados quando decidir contratar essa modalidade de assistência à saúde.



Maioria dos planos só cobre os procedimentos básicos, além de apresentar diferenças de preços de até 65% Foto: Breno Fortes/CB/D.A PressAtualmente, o mercado de planos exclusivamente odontológicos é o que mais cresce na saúde privada. O número de usuários passou de 2,7 milhões em 2000 para 13,8 milhões em 2010. Pernambuco tem 301 mil usuários, terceiro maior mercado do Nordeste. A taxa de cobertura saltou de 2,3% em setembro de 2003 para 7,2% em setembro de 2010. São 384 operadoras com registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A pesquisa da ProTeste mostra que podem ser encontrados produtos para todos os bolsos. O preço da mensalidade nos planos individuais varia de R$ 26 a R$ 105 por pessoa, dependendo do tipo de cobertura. Nos planos coletivos, os preços caem pela metade porque os custos são diluídos pelo número de beneficiários.

Pollyana Carlos Silva, técnica da ProTeste responsável pela pesquisa, diz que vale a pena contratar um plano odontológico se o consumidor tem como objetivo a prevenção. Se a pessoa precisar de tratamento imediato não vai adiantar porque os planos exigem o cumprimento de carência para procedimentos mais complexos. ´Há operadoras que impõem carência de até 120 dias para um tratamento de canal`, diz. Ou você aguenta uma dor de dente por quatro meses ou paga do próprio bolso.

A técnica da ProTeste orienta o consumidor a identificar o seu perfil e da sua família antes de contratar um plano odontológico. Até porque as pessoas criam uma expectativa na contratação e quando precisam usar os serviços se deparam com as restrições de atendimento. Por exemplo: os planos não cobrem tratamentos estéticos e branqueamento dos dentes. Tem mais. No teste realizado com 18 produtos, a grande maioria não inclui a colocação de aparelhos ortodônticos.

Outro detalhe importante: desconfie dos planos dentários muito baratos porque eles só têm as coberturas básicas. Como a diferença de preços entre os produtos é grande, Pollyana recomenda que o consumidor avalie se vale mais a pena contratar um plano odontológico ou optar por um plano de saúde que inclua a assistência dentária.

Procurado pelo Diario, o Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog) informou que só vai se pronunciar após fazer uma avaliação mais detalhada da pesquisa da ProTeste.

Odontologia sistêmica cuida dos dentes e dos males de outras partes do organismo

Na infância, o policial civil Sávio Glória Pontes, hoje com 22 anos, vivia no médico por causa de uma rinite alérgica. Com a chegada da adolescência, vieram os problemas de estômago. E, há cerca de três anos, começaram os estalos na boca. O rapaz foi a vários ortodontistas, mas, como eles só se preocupavam com a questão estética, o policial acabava deixando de lado os tratamentos propostos.

Foi quando um colega sugeriu a Sávio procurar um profissional de odontologia sistêmica - ramo que considera o corpo em sua totalidade e não cuida da boca como se ela fosse isolada do resto do organismo. Mesmo com um pé atrás, o jovem decidiu dar um voto de confiança e usou os aparelhos ortodônticos recomendados pelo especialista. Hoje, livre dos estalos na boca, com uma postura melhor e mais bem disposto, o policial dá o braço a torcer. ''Foi uma surpresa: o tratamento trouxe alívio até para os problemas respiratórios e digestivos'', admira-se.

Sávio viu na prática que cuidar da saúde da boca traz benefícios para o organismo todo. E isso não deve causar espanto. Afinal, nosso corpo é um sistema, um conjunto de elementos integrados entre si. Essa integração é especialmente nítida no sistema músculo-esquelético. ''Quando o encontro da arcada superior com a inferior não ocorre da forma correta, nervos e músculos sofrem compressões que podem dar origem a dores de cabeça e nas costas'', explica o cirurgião-dentista Newton Nogueira de Sá, especialista em ortodontia e em ortopedia dentofacial.

Problemas no posicionamento da mandíbula podem gerar desequilíbrios na articulação têmporo-mandibular - que fica perto da orelha, onde as arcadas dentárias se encontram. Isso modifica a posição da cabeça e produz alterações evidentes na coluna cervical. Mas, às vezes, a reação se estende por toda a coluna vertebral, que fica com desvios. ''Até o comprimento das pernas pode ser alterado'', afirma Roseli Luppino Peres, presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Sistêmica em São Paulo.

A funcionária pública Célia Maria de Souza, de 52 anos, confirma as teorias da odontologia sistêmica. Afinal, foi através delas que Célia corrigiu sua mordida e se viu livre das terríveis dores na face que acabavam com sua concentração no trabalho. O alívio foi quase imediato: após 15 dias usando um aparelho móvel, as dores já não a incomodavam tanto. Hoje, dois anos depois, a funcionária pública não sente mais nenhum incômodo na face e, de quebra, as de dores de cabeça e nas costas diminuíram consideravelmente. E os resultados não pararam por aí. ''Acertei as arcadas e ganhei de brinde uma fisionomia muito mais jovial. Todo mundo pergunta se fiz plástica'', diverte-se. A história de Célia demonstra que a estética anda de mãos dadas com a parte funcional dos dentes. ''Se a estética não for considerada, o paciente pode se tornar inseguro e introvertido'', diz a odontóloga Telma Rocha.

Já no caso de Sávio, o maior benefício foi o aumento da parte interna da boca. Os dois aparelhos ortodônticos que usou ampliaram sua cavidade bucal, garantindo melhor oxigenação do organismo todo. Não é balela. Quando falta espaço na boca, a língua pode ser posicionada mais para trás, estreitando o espaço por onde passa o ar vindo do nariz. Resultado: o volume de oxigênio que entra no organismo fica menor.

Para compensar esta alteração, a pessoa vai respirar de forma acelerada, e é comum passar a inspirar também pela boca. Tal estratégia de adaptação faz com que as vias respiratórias fiquem ressecadas e com fissuras, uma das causas da rinite alérgica. Por outro lado, pode acontecer de o aparelho respiratório produzir grande quantidade de muco para se proteger: haverá coriza, entupimento do nariz e até repercussões mais graves que estariam entre as causas da asma. ''Além disso, quando a respiração acelera, a freqüência cardíaca pode aumentar e gerar problemas circulatórios'', comenta o cirurgião-dentista Agné Cervo Peres, especialista em ortopedia funcional dos maxilares.

A falta de espaço na cavidade bucal também interfere na digestão - que, vale lembrar, começa na boca. Se não tiver espaço suficiente, as glândulas salivares ficam comprimidas e deixam a saliva mais ácida, o que compromete todo o processo digestivo. A alteração do pH da saliva também agrava a placa bacteriana e pode provocar doenças no periodonto, que compreende as gengivas, os ossos e fibras e tecidos ligados aos dentes.

A relação entre a boca e a saúde do resto do organismo é uma via de mão-dupla: distúrbios pelo corpo também se manifestam na cavidade bucal. Bactérias que causam inflamações no periodonto, por exemplo, podem cair na corrente sangüínea ou lançar no sangue substâncias tóxicas. ''Tanto os microrganismos quanto suas toxinas podem contribuir para a formação de placas gordurosas nos vasos, abrindo portas para doenças no coração e no cérebro'', diz o periodontista Luiz Fernando de Araújo. Já distúrbios como diabetes podem trazer prejuízos para a boca. A taxa de glicose alta, por exemplo, pode afetar a irrigação sangüínea da gengiva e reduzir a capacidade de defesa contra microrganismos. Desta forma, o paciente fica vulnerável a doenças na boca. E diversos estudos têm mostrado que, se essas enfermidades na boca não forem devidamente tratadas, o paciente terá dificuldade para controlar o nível de açúcar no sangue.

Não é à toa que hoje existe uma tendência de trabalho conjunto entre dentistas, médicos e outros profissionais de saúde. ''Prova disso é o fato de haver um gabinete dentário totalmente equipado dentro da enfermaria de clínica médica do hospital da Universidade Federal de São Paulo'', exemplifica o médico Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. O dentista Paulo Murilo da Fontoura, presidente da Associação Brasileira de Odontologia no Rio, faz coro: ''parece ter chegado a hora de unirmos os avanços científicos das diversas especialidades médicas e odontológicas''.

JB Online