terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Novidades tecnológicas fazem dentistas detectar cáries antes ignoradas



Ritchie S. King
The New York Times


Sempre que um dentista perfura um dente com a broca, condena seu paciente a continuar fazendo novas restaurações por anos a fio, a avaliação tem que ser criteriosa!

Sempre que um dentista perfura um dente com a broca, condena seu paciente a continuar fazendo novas restaurações por anos a fio

Até 2010, Amelia Nuwer, de 22 anos, costumava ir ao dentista anualmente na sua cidade natal Biloxi, no Estado do Mississippi. E a cada ano ela recebia um atestado de que gozava de plena saúde bucal: segundo ele, não havia necessidade de fazer restaurações.
Quando começou a estudar na Universidade do Alabama, porém, ela foi a um novo dentista, que deu a ela seu primeiro diagnóstico negativo: ela tinha duas cáries. Seis meses depois, o mesmo dentista disse que ela tinha outras duas. No início deste ano, ela recebeu de novo uma má notícia: mais uma cárie.
De alguma maneira, em 12 meses, ela tinha se transformado de alguém que tinha uma saúde bucal perfeita em alguém que tinha cinco cáries. "Pensei que havia algo de errado comigo", disse ela.
O dentista de sua cidade natal, Francis Janus, também ficou surpreso. Ao examinar a paciente logo após ela se formar, concluiu que havia realmente "lesões cariosas incipientes", uma forma de cárie em estágio inicial conhecida por alguns dentistas como "microcáries".
"Ele disse que teria optado por não fazer as restaurações das microcáries", lembrou ela. "Fiquei chateada e irritada".
As cinco restaurações haviam lhe custado quase 500 dólares.
O caso de Amelia não é o único. Com tecnologias de detecção cada vez mais sofisticadas, os dentistas estão encontrando - e tratando - anormalidades dentárias que podem ou não se transformar em cáries. Enquanto alguns dizem que a iniciativa de tratar as microcáries constitui uma estratégia proativa para proteger os pacientes de maiores prejuízos, os críticos dizem que os procedimentos, além de desnecessários e dolorosos, apenas aumentam os custos dos atendimentos.
"A melhor abordagem é ficar à espreita", afirmou James Bader, professor e pesquisador da Faculdade de Odontologia da Universidade da Carolina do Norte. "É importante realizar novos exames a cada seis meses".
Além disso, sempre que um dentista perfura um dente com a broca, acrescentou Bader, "condena seu paciente a continuar fazendo novas restaurações por anos a fio".
Uma lesão incipiente de cárie é o estágio inicial de danos estruturais ao esmalte, normalmente causada por uma infecção bacteriana que produz um ácido que dissolve o dente.
A lesão nem sempre leva ao surgimento de uma cárie, causa pela dissolução da camada que fica abaixo do esmalte, conhecida como dentina. Há minerais que podem reparar essas lesões, sobretudo quando acrescidos de flúor.
Primeiros estágios
Muitos especialistas acham que não faz sentido fazer restaurações nos primeiros estágios de dissolução.
"Se a perda na parede de esmalte não estiver muito clara, não se deve preencher a cavidade", afirmou Bader.
No entanto, a maioria dos dentistas está propensa a fazer as restaurações. De acordo com um levantamento dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, realizado em 2010, 63 por cento de mais de 500 dentistas americanos disseram que restaurariam um dente cariado que não tivesse progredido para além do esmalte, mesmo que o paciente tivesse histórico de boa higiene dental.
Tais restaurações costumam custar de 88 a 350 dólares, de acordo com pesquisa publicada em 2007 pela revista Dental Economics. De acordo com a American Dental Association, cerca de 175 milhões de restaurações são realizadas nos Estados Unidos a cada ano.
Os planos de saúde cobrem todas as restaurações, sejam de microcáries ou de cáries grandes, porque os dentistas são pagos pelos planos de saúde com base no trabalho que realizaram, e não nos sintomas que observaram.
"Em um mundo ideal, existiria um código de diagnóstico para cáries. Sabemos o que é um dente, sabemos o que é a superfície, mas não sabemos quão grave é uma cárie", comenta o Dr. John Yamamoto, vice-presidente da Delta Dental, importante associação da área de odontologia.
Divergências
Enquanto os dentistas diferem quanto à abordagem, a associação de dentistas oferece, intencionalmente, poucas orientações. Além de incentivar o uso de flúor e selantes dentais para prevenir cáries, ela evita fazer recomendações formais de tratamento e não tem uma política sobre o tratamento de cáries incipientes, ou da dissolução do esmalte, de acordo com um representante.
Douglas Young, dentista especialista em diagnósticos da Universidade do Pacífico, acha que a "ficar à espreita" não faz sentido.
"Se você fosse a um médico e ele diagnosticasse que você possui fatores de risco para um problema cardíaco, ele começaria a tratar os sinais iniciais da possível doença e tentaria prevenir males futuros", argumentou Young, que ajudou a desenvolver um sistema padronizado de avaliação de risco de cáries utilizado pela associação de dentistas.
Para encontrar cáries incipientes que não podem ser observadas com raios X ou a olho nu, os dentistas usam vários métodos novos e sofisticados de detecção, que incluem técnicas com fibra ótica e exames com laser infravermelho. Existe ainda um aparelho, chamado Diagnodent, que é um scanner de luz fluorescente capaz de identificar anormalidades na densidade do dente.
Mas obturar um dente com base em uma leitura feita com o Diagnodent "depende dos riscos envolvidos", segundo a Dra. Margherita Fontana, professora adjunta da Universidade de Michigan. As microcáries de um adulto com ótima higiene dental provavelmente estão menos propensas a se transformarem em cáries que devam ser obturadas do que as de um adolescente que bebe refrigerante o dia inteiro.
Porém, outros especialistas criticam o Diagnodent e outros dispositivos de detecção precoce de cáries porque tais aparelhos identificam regiões dos dentes que não estão realmente afetadas por lesões de cárie. Além do mais, mesmo com uma avaliação de riscos, é difícil saber se uma lesão verdadeira poderá se tornar uma cárie ou não.
"Não fica claro o que vai acontecer ao longo dos cinco anos seguintes", afirma Bader. "Ainda não há dados suficientes".
Gabriella Ribeiro Truman, 36 anos, que dirige uma agência de viagens em Nova Jersey, nunca teve uma cárie.
"Eu nunca passei por qualquer intervenção odontológica relevante e faço limpeza duas vezes por ano", contou ela.
Cerca de um mês e meio atrás, porém, ela foi a um novo dentista. Ele tirou algumas fotos em alta resolução de seus dentes e ampliou as imagens em uma tela. Ele identificou seis microcáries, além de uma sétima possível.
Ele disse que elas "poderiam se transformar em algo maior", lembrou Truman. "Eu poderia ter que passar por tratamento de canal e perder meus dentes".
"Você se sente desconfortável quando é colocada nessa posição", acrescentou.
O dentista lhe entregou um orçamento de 3.500 dólares para realizar as restaurações. O valor, elevado demais, a fez hesitar.
"Quer dizer que me transformei de alguém que tem uma ótima higiene dental em alguém que precisa de um tratamento assim?", questionou. "Eu prefiro ir a outro dentista antes de passar por isso".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Laserterapia alivia dores e aftas na boca de pacientes oncológicos

O tratamento realizado por dentistas, mas ainda desconhecido por pacientes, ajuda a reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia e garante melhor qualidade de vida aos pacientes de câncer.


A odontologia avançada tem permitido aos dentistas não apenas detectar precocemente alguns tipos de câncer que se manifestam na boca, como também auxiliar no alívio da dor e no controle de efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia. O tratamento, embora com eficácia comprovada na literatura internacional, ainda é desconhecido por muitos pacientes oncológicos. Prova disso é que, embora a Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic ofereça esse serviço desde 2008, apenas 20 pacientes foram submetidos à laserterapia até hoje.


A laserterapia consiste basicamente na aplicação de laser nas úlceras, edemas, inflamações e hemorragias decorrentes da radioterapia e quimioterapia. De acordo com levantamento realizado pelos professores dos cursos de Especialização e Capacitação em Laser da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, cerca de 40% dos pacientes submetidos à quimioterapia e 100% dos que recebem radioterapia de cabeça e pescoço desenvolvem a mucosite oral (aftas na boca), manifestada na forma de edema, sangramento e eritema (inflamação) na cavidade bucal. Essas úlceras praticamente impedem a boa alimentação do paciente devido à dor que o paciente sente ao ter contato com o alimento ou bebidas.


“A Laserterapia alivia a dor e melhora a qualidade de vida do paciente ao permitir que ele passe a se alimentar mais adequadamente, tenha um aumento na salivação e melhore o paladar, ajudando em sua recuperação. A intensidade da dor é variável em cada paciente, mas, de maneira geral, essas úlceras (aftas) comprometem a mastigação de alimentos, levando, muitas vezes, à alimentação por sonda, e dificultam até a fala”, explica Daiane Thais Meneguzzo, coordenadora dos cursos de Especialização e Capacitação em Laser da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, de Campinas.


Segundo a especialista, a intensidade da mucosite pode ser um fator limitante, obrigando até mesmo a interrupção do tratamento oncológico e dificultando o controle da doença. Os tratamentos convencionais são paliativos e de eficácia bastante inferior aos benefícios alcançados pela laserterapia.


“A luz laser de baixa intensidade atua de forma indolor, alivia a dor e não apenas promove a aceleração da cicatrização das úlceras como, ainda, previne futuros episódios de mucosite oral”, explica.


Avaliação bucal


Daiane orienta os pacientes que serão submetidos ao tratamento oncológico para que consultem um cirurgião-dentista antes do início da quimioterapia ou da radioterapia para a avaliação da sua saúde bucal, visando, no caso do aparecimento da mucosite oral, a utilização da laserterapia para o tratamento ou prevenção de lesões.


De acordo com o INCA - Instituto Nacional do Câncer -, o Brasil deve registrar 489.270 novos casos de câncer neste ano, sendo 236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para sexo feminino. As neoplasias (tumores) malignas constituem-se a segunda causa de morte na população brasileira, representando quase 17% dos óbitos de causa conhecida.


A laserterapia vem sendo realizada desde 2008 pelo Centro de Tratamento de Doenças da Boca da Faculdade da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas. Nesse período, somente 20 pacientes procuraram esta modalidade de tratamento.


O atendimento gratuito é feito aos pacientes que procuram pela faculdade, são encaminhados por profissionais ou que já estão em tratamento na própria faculdade. Para o atendimento é necessário o agendamento por meio do telefone (19) 3211-3700, de segunda a sexta, das 8h às 18h.


A Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic oferece todos os tipos de atendimentos com laserterapia e laser cirurgia (junto ao Centro de Tratamento de Doenças da Boca) voltados para a Odontologia. Segundo Daiane Thais Meneguzzo, coordenadora de cursos na área, os alunos de graduação em Odontologia contam, no último semestre, com 40h/aula de laser, abordando a laserterapia, laser cirurgia, clareamento dental com luz, diagnóstico óptico e terapia fotodinâmica, o que os prepara e os diferencia para o mercado de trabalho. No centro de pós-graduação da SLMandic são oferecidos os cursos de Especialização em Laser e Capacitação em Laser. Os cursos são teóricos/clínicos e reconhecidos pelo MEC - Ministério da Educação. “Os cursos são indicados principalmente para profissionais que já possuem o equipamento laser e desejam aprender melhor suas aplicabilidades e conceitos”, indica Daiane.


A capacitação do profissional na área é fundamental para que o paciente possa usufruir de todos os benefícios que o laser oferece. “A grande dificuldade na laserterapia não está no manuseio dos equipamentos, que estão cada vez mais simplificados e portáteis, mas na dosimetria, ou seja, saber a dose a ser irradiada em cada situação clínica e adequá-la para cada paciente. Esta dose pode variar de acordo com a lesão, paciente e equipamento utilizado. Apenas o profissional capacitado terá resultados clínicos satisfatórios. Um exemplo é o tratamento da herpes, cujas vesículas podem até ser agravadas se uma dosagem errada de laser for aplicada”, diz Daiane Meneguzzo.


Aplicações


A laserterapia é indicada para acelerar a cicatrização, modular a inflamação, promover analgesia (alívio na percepção da dor) e, quando associada a um corante, tem ação antimicrobiana. Por isso, é utilizada em praticamente todas as especialidades odontológicas. “Em cirurgias orais, por exemplo, a laserterapia complementa a técnica convencional, melhorando o pós-operatório, diminuindo a dor e o edema e acelerando a cicatrização. No entanto, outros tratamentos já são realizados com o uso exclusivo do laser, como a prevenção e o tratamento de aftas e herpes simples, neuralgia do trigêmio (tipo de dor que afeta o 5º nervo do crânio, que inerva a maior parte dos tecidos orais e faciais), parestesias, paralisias faciais (sensações estranhas, como entorpecimento, formigueiro e dor), xerostomia (secura da boca) etc.”, explica Daiane Meneguzzo.


Por meio da laserterapia, além da mucosite oral, o dentista pode realizar os seguintes tratamentos: hipersensibilidade dentinária; aceleração da cicatrização, redução do edema e analgesia pós-cirúrgica (exodontias, implantodontia, cirurgias periodontais e endodônticas); disfunção da ATM (articulação têmporomandibular) com efeito analgésico, antiinflamatório e relaxante muscular; prevenção e tratamento da herpes simples e aftas recorrentes; tratamento de estomatite herpética primária; cicatrização e estimulação das glândulas salivares (para casos de xerostomia: falta de saliva); estimulação da movimentação ortodôntica e redução da inflamação e dor pós ativação do aparelho ortodôntico; tratamento de lesões nervosas: parestesia, neuralgia do trigêmio e paralisia facial; ação antiinflamatória e de cicatrização pós-raspagem periodontal e pós-instrumentação endodôntica; ação antimicrobiana em bolsas periodontais e canais radiculares - quando utilizada a técnica Terapia Fotodinâmica (PDT), que associa o laser vermelho com um corante fotossensível; tratamento de alguns tipos de disgeusia (alteração de paladar); aceleração da osseointegração na implantodontia; neoformação e bioestimulação óssea em defeitos ósseos; aumento da microcirculação local, sendo favorável na enxertia e em tecidos com falta de suprimento sanguíneo.


www.segs.com.br

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tratamento ortodôntico também e viável para pacientes idosos


Pesquisa mostra que o paciente idoso apresenta várias diferenças quando comparado ao jovem, mas, quando o tratamento é bem indicado e o paciente está esclarecido e motivado, os resultados são bastante satisfatórios.
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro, que em 2004 era de 70,4 anos ao nascer, deve alcançar em 2050 o patamar de 81,3 anos, mesmo nível atual do Japão, primeiro país do mundo em esperança de vida. Como conseqüência, a cada dia um maior número de idosos, com 60 anos ou mais, se preocupa com os cuidados com a saúde e a estética. Neste aspecto está envolvida a classe odontológica que, como mostram Karyna do Valle-Corotti e equipe da Universidade de São Paulo em um estudo sobre o assunto, vem aprimorando seus conhecimentos e desenvolvendo novos materiais, para atender este público cada vez mais preocupado com a sua aparência e seu bem-estar.
De acordo com artigo publicado na edição de março/abril de 2008 da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, “a Odontogeriatria ou Odontologia Geriátrica consiste no ramo da Odontologia que enfatiza o cuidado bucal da população idosa, especificamente do atendimento preventivo e curativo de pacientes com doenças ou condições de caráter sistêmico e crônico, associadas a problemas fisiológicos, físicos ou psicológicos”.
Segundo os pesquisadores, o paciente idoso apresenta, geralmente, perdas dentárias, próteses, restaurações extensas, alteração no tecido ósseo de suporte, sendo encaminhado ao ortodontista para um tratamento auxiliar a uma reabilitação bucal ou em casos de envolvimento estético, onde não estão indicados procedimentos restauradores. “Neste caso torna-se primordial um planejamento multidisciplinar com bom relacionamento entre os profissionais envolvidos, observando as necessidades do paciente, as limitações do caso e os objetivos do tratamento, sempre considerando a motivação do paciente para este tratamento”, afirmam no artigo.
De acordo com Karyna e sua equipe, os resultados mostram que o tratamento ortodôntico representa uma intervenção viável na atuação odontogeriátrica, desde que realizado com forças suaves, considerando as limitações de cada caso e respeitando as características inerentes a esta atuação. “A movimentação ortodôntica no paciente com mais idade depende, principalmente, de um planejamento bem realizado, com objetivos precisos, a fim de realizar um tratamento ortodôntico simplificado, pois existe uma dificuldade deste paciente em tolerar o uso de aparelhos por períodos prolongados. No entanto, existem algumas limitações que devem ser consideradas durante o plano de tratamento, como enfermidades sistêmicas avançadas, uso de medicamentos, má condição de saúde bucal, quantidade de osso alveolar, falta de motivação do paciente e impossibilidade de obtenção de estabilidade oclusal após a terapia ortodôntica”, destacam.
Agência Notisa

Odontologia sistêmica cuida dos dentes e dos males de outras partes do organismo




Na infância, o policial civil Sávio Glória Pontes, hoje com 22 anos, vivia no médico por causa de uma rinite alérgica. Com a chegada da adolescência, vieram os problemas de estômago. E, há cerca de três anos, começaram os estalos na boca. O rapaz foi a vários ortodontistas, mas, como eles só se preocupavam com a questão estética, o policial acabava deixando de lado os tratamentos propostos.
Foi quando um colega sugeriu a Sávio procurar um profissional de odontologia sistêmica - ramo que considera o corpo em sua totalidade e não cuida da boca como se ela fosse isolada do resto do organismo. Mesmo com um pé atrás, o jovem decidiu dar um voto de confiança e usou os aparelhos ortodônticos recomendados pelo especialista. Hoje, livre dos estalos na boca, com uma postura melhor e mais bem disposto, o policial dá o braço a torcer. ''Foi uma surpresa: o tratamento trouxe alívio até para os problemas respiratórios e digestivos'', admira-se.
Sávio viu na prática que cuidar da saúde da boca traz benefícios para o organismo todo. E isso não deve causar espanto. Afinal, nosso corpo é um sistema, um conjunto de elementos integrados entre si. Essa integração é especialmente nítida no sistema músculo-esquelético. ''Quando o encontro da arcada superior com a inferior não ocorre da forma correta, nervos e músculos sofrem compressões que podem dar origem a dores de cabeça e nas costas'', explica o cirurgião-dentista Newton Nogueira de Sá, especialista em ortodontia e em ortopedia dentofacial.
Problemas no posicionamento da mandíbula podem gerar desequilíbrios na articulação têmporo-mandibular - que fica perto da orelha, onde as arcadas dentárias se encontram. Isso modifica a posição da cabeça e produz alterações evidentes na coluna cervical. Mas, às vezes, a reação se estende por toda a coluna vertebral, que fica com desvios. ''Até o comprimento das pernas pode ser alterado'', afirma Roseli Luppino Peres, presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Sistêmica em São Paulo.
A funcionária pública Célia Maria de Souza, de 52 anos, confirma as teorias da odontologia sistêmica. Afinal, foi através delas que Célia corrigiu sua mordida e se viu livre das terríveis dores na face que acabavam com sua concentração no trabalho. O alívio foi quase imediato: após 15 dias usando um aparelho móvel, as dores já não a incomodavam tanto. Hoje, dois anos depois, a funcionária pública não sente mais nenhum incômodo na face e, de quebra, as de dores de cabeça e nas costas diminuíram consideravelmente. E os resultados não pararam por aí. ''Acertei as arcadas e ganhei de brinde uma fisionomia muito mais jovial. Todo mundo pergunta se fiz plástica'', diverte-se. A história de Célia demonstra que a estética anda de mãos dadas com a parte funcional dos dentes. ''Se a estética não for considerada, o paciente pode se tornar inseguro e introvertido'', diz a odontóloga Telma Rocha.
Já no caso de Sávio, o maior benefício foi o aumento da parte interna da boca. Os dois aparelhos ortodônticos que usou ampliaram sua cavidade bucal, garantindo melhor oxigenação do organismo todo. Não é balela. Quando falta espaço na boca, a língua pode ser posicionada mais para trás, estreitando o espaço por onde passa o ar vindo do nariz. Resultado: o volume de oxigênio que entra no organismo fica menor.
Para compensar esta alteração, a pessoa vai respirar de forma acelerada, e é comum passar a inspirar também pela boca. Tal estratégia de adaptação faz com que as vias respiratórias fiquem ressecadas e com fissuras, uma das causas da rinite alérgica. Por outro lado, pode acontecer de o aparelho respiratório produzir grande quantidade de muco para se proteger: haverá coriza, entupimento do nariz e até repercussões mais graves que estariam entre as causas da asma. ''Além disso, quando a respiração acelera, a freqüência cardíaca pode aumentar e gerar problemas circulatórios'', comenta o cirurgião-dentista Agné Cervo Peres, especialista em ortopedia funcional dos maxilares.
A falta de espaço na cavidade bucal também interfere na digestão - que, vale lembrar, começa na boca. Se não tiver espaço suficiente, as glândulas salivares ficam comprimidas e deixam a saliva mais ácida, o que compromete todo o processo digestivo. A alteração do pH da saliva também agrava a placa bacteriana e pode provocar doenças no periodonto, que compreende as gengivas, os ossos e fibras e tecidos ligados aos dentes.
A relação entre a boca e a saúde do resto do organismo é uma via de mão-dupla: distúrbios pelo corpo também se manifestam na cavidade bucal. Bactérias que causam inflamações no periodonto, por exemplo, podem cair na corrente sangüínea ou lançar no sangue substâncias tóxicas. ''Tanto os microrganismos quanto suas toxinas podem contribuir para a formação de placas gordurosas nos vasos, abrindo portas para doenças no coração e no cérebro'', diz o periodontista Luiz Fernando de Araújo. Já distúrbios como diabetes podem trazer prejuízos para a boca. A taxa de glicose alta, por exemplo, pode afetar a irrigação sangüínea da gengiva e reduzir a capacidade de defesa contra microrganismos. Desta forma, o paciente fica vulnerável a doenças na boca. E diversos estudos têm mostrado que, se essas enfermidades na boca não forem devidamente tratadas, o paciente terá dificuldade para controlar o nível de açúcar no sangue.
Não é à toa que hoje existe uma tendência de trabalho conjunto entre dentistas, médicos e outros profissionais de saúde. ''Prova disso é o fato de haver um gabinete dentário totalmente equipado dentro da enfermaria de clínica médica do hospital da Universidade Federal de São Paulo'', exemplifica o médico Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. O dentista Paulo Murilo da Fontoura, presidente da Associação Brasileira de Odontologia no Rio, faz coro: ''parece ter chegado a hora de unirmos os avanços científicos das diversas especialidades médicas e odontológicas''.
JB Online

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Primeira Visita ao Dentista








O profissional especialista em cuidar dos dentes da criança é o Odontopediatra. Normalmente ele cuida de crianças de 0 a 12 anos de idade.
A primeira visita da criança ao consultório deve ser a mais calma e tranqüila possível, pois a primeira impressão é a que fica, e se a criança teve um bom atendimento na primeira sessão ela procurará colaborar nas demais e isso será bom tanto para o dentista, como para a criança e os pais.

Há mais dentistas com medo de crianças do que crianças com medo de dentistas. Então, quando o pai ou a mãe for levar seu filho ao dentista, a primeira coisa que eles devem observar é se o dentista gosta de crianças. A criança capta as coisas com muita facilidade e não adianta tentarmos enganá-las; a melhor política é já na primeira sessão conversarmos francamente com ela sobre como será feito o tratamento dentário.
Mesmo que a criança não se apresente com nenhuma cárie nos dentes, seria bom os pais levarem-na ao consultório dentário, para os primeiros contatos da criança com o dentista.
Infelizmente, ainda hoje, muitos pais só levam seus filhos ao consultório do dentista, quando a criança se apresenta já com algum problema bucal. Os dentes de leite cariam, provocam dor, infeccionam tanto quanto os permanentes, se não forem cuidados adequadamente.
Quando a criança deve começar a escovar os dentes? Desde que apareça dente na arcada, esses dentes devem ser limpos, não necessariamente com uma escova dentária, mas com uma gaze esterilizada ou a ponta de uma fralda limpa.
Os pais devem fazer o possível para escovar os seus próprios dentes perto das crianças, para iniciá-las desde cedo nesse hábito.
A escovação deve ser realizada pelos pais, pelo menos até a criança atingir a idade de 7 anos. Observar também se a criança não está ingerindo pasta dental, pois será prejudicial ao seu organismo. Passar o fio dental é importantíssimo e deve ser realizado também pelos pais.

Sobre a alimentação da criança, até a idade de 6 meses, pelo menos, a mãe deve fazer o possível para amamentá-la no peito, pois o leite materno é o alimento mais importante para a criança dessa idade.

Informações do dr. José Donizetti Vieira
Cirurgião – Dentista



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Você tem bruxismo?

O termo ?bruxismo? refere-se ao hábito de pressionar e ranger os dentes presente em muitos adultos e crianças durante toda a vida. O bruxismo ocorre quando os dentes entram em contato de maneira forçada, quer esse contato seja silencioso ou produza sons, especialmente durante o sono.

Por que isso ocorre?

Muitos médicos e dentistas podem desconhecer a causa, mas o bruxismo pode ocorrer devido ao estresse psicológico experimentado pelas pessoas no dia-a-dia. O estresse pode ter sua origem em fatores internos e externos. Os fatores internos podem ser os alimentos que você consome, seu nível de preparo físico, sua estabilidade emocional, estado de saúde geral, nível de bem-estar e o número de horas que você dorme todas as noites. Os fatores externos relacionados com o estresse psicológico têm a ver com o ambiente em que você vive, sua interação com as pessoas quando está em casa e a maneira em que você enfrenta os desafios do dia-a-dia.

O impacto do bruxismo na boca

As consequências do bruxismo são:

  • Desgaste do esmalte dentário e até mesmo da dentina;
  • Quebra dos dentes e próteses;
  • Sensibilidade dentinária;
  • Dor e mobilidade dos dentes;
  • Dor facial devido à força com que os músculos maxilares são pressionados;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga facial geral;
  • Dor na articulação temporomandibular .

Tratamento

Os portadores de bruxismo devem procurar a ajuda de um dentista/especialista para determinar a causa do problema. O dentista pode recomendar o uso de placas oclusais para evitar a pressão ou o ranger de dentes durante o sono. Além disso, o dentista pode sugerir formas de reduzir o estresse e, portanto, o nível de bruxismo. Você pode também evitar alimentos como chocolate e bebidas que contenham cafeína e álcool. Evite mastigar com muita força e peça a seu dentista ou cirurgião maxilofacial que lhe indique alguns exercícios para relaxar os músculos maxilares durante o dia. Se seu caso dor de um bruxismo for mais severo, o especialista pode recomendar o uso de placa oclusal, assim como prescrever medicamentos para que você relaxe ou durma melhor. Seu dentista pode ajudá-lo a descobrir causa e a amenizar este problema.

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Saúde bucal das crianças



Como posso ajudar meu(s) filho(s) a cuidar dos dentes e evitar cáries?

Ensinar seu filho a cuidar dos dentes desde pequeno é um investimento que trará benefícios para o resto da vida dele. Comece dando o exemplo: cuide bem dos seus próprios dentes. Isto mostra a ele que a saúde bucal é importante. Atitudes que tornam o cuidado com os dentes algo interessante e divertido (como, por exemplo, escovar os dentes junto com ele ou deixá-lo escolher sua própria escova) incentivam a boa higiene bucal.

Para ajudar seu filho a proteger seus dentes e gengiva e para ajudá-lo a reduzir o risco de cáries, ensine-o a seguir os seguintes passos:
Escovar pelo menos três vezes ao dia com um creme dental que contém flúor para remover a placa bacteriana (aquela película pegajosa que se forma sobre os dentes e que é a principal causa das cáries).
Usar fio dental diariamente para remover a placa que se aloja entre os dentes e abaixo da gengiva, evitando que ela endureça e se transforme em cálculo dental. Depois que o cálculo se forma, só o dentista pode removê-lo.
Adotar uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e amido. Estes alimentos produzem os ácidos da placa que causam cáries.
Ingerir alimentos com açúcar e amido durante as principais refeições e não entre as refeições (a saliva extra, produzida durante a refeição, evita que os resíduos alimentares se depositem nos dentes).
Usar produtos que contêm flúor (inclusive o creme dental). Certifique-se de que a água que suas crianças bebem contém flúor. Se a água não contiver flúor, seu dentista ou pediatra poderá prescrever suplementos diários de flúor.
Ir ao dentista para exames regulares.

Que técnicas de escovação posso ensinar a meus filhos?

Observe seu filho escovar os dentes. Auxilie-o até que ele se habitue ao seguinte:
Use uma pequena quantidade de creme dental com flúor. Não deixe a criança engolir o creme dental.
Use uma escova de cerdas macias e escove primeiro a superfície interna de cada dente, onde o acúmulo de placa é geralmente maior. Escove suavemente.
Escove a superfície externa de cada dente. Posicione a escova em um ângulo de 45 graus ao longo da gengiva.
Escove com movimentos para frente e para trás.
Escove a superfície de cada dente usada para mastigar. Escove suavemente.
Use a ponta da escova para limpar atrás de cada dente frontal, na arcada superior e inferior.
Não esqueça de escovar a língua!

Quando a criança deve começar a usar o fio dental?

O fio dental remove as partículas de alimentos e placa bacteriana que se instala entre os dentes e que a escova sozinha não consegue retirar. Por isso, comece a usá-lo quando a criança tiver quatro anos. Ao completar oito anos, as crianças já podem usar o fio dental sem auxílio dos pais.

O que é selante dental e como saber se meu filho precisa usá-lo?

O selante dental cria uma barreira altamente eficaz contra as cáries. O selante é uma película fina de plástico (resina) aplicada à superfície dos dentes permanentes posteriores, onde a maioria das cáries se forma. A aplicação do selante não dói e pode ser feita durante uma consulta ao dentista. O dentista poderá informar se é recomendável fazer esta aplicação nos dentes de seu filho.

O que é o flúor e como saber se meu filho está recebendo a quantia certa de flúor?

O flúor é uma das melhores maneiras de evitar as cáries. Trata-se de um mineral natural que se combina com o esmalte dos dentes, fortalecendo-os. Muitas empresas de distribuição de água adicionam a quantia de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Para saber se a água que você tem em casa contém flúor e qual a quantidade de flúor que apresenta, ligue para a empresa de distribuição de água no seu município. Se a água que você recebe não tem flúor (ou não contém a quantidade adequada), seu pediatra ou dentista poderá recomendar gotas de flúor ou um enxagüante bucal, além de um creme dental com flúor.

Qual é a importância da alimentação na saúde bucal da criança?

Para que seu filho desenvolva dentes resistentes, é necessário que ele tenha uma alimentação equilibrada. Sua alimentação deve conter uma ampla variedade de vitaminas e sais minerais, cálcio, fósforo e níveis adequados de flúor.

Assim como o flúor é o maior protetor dos dentes do seu filho, as guloseimas são seu maior inimigo. Os açúcares e amidos que fazem parte de vários tipos de alimentos e de bolachas, biscoitos, doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita combinam-se com a placa bacteriana produzindo substâncias ácidas. Estas substâncias atacam o esmalte e podem formar cáries.

Cada "ataque" pode durar até 20 minutos, após o término da ingestão do alimento. Até as "beliscadas" podem criar ataques ácidos da placa. Portanto, é recomendável não comer entre as refeições.

O que fazer se meu filho quebrar um dente?

Em qualquer caso de ferimento na boca, você deve comunicar-se imediatamente com o dentista. Ele fará um exame na área afetada e determinará o tratamento adequado. Você pode dar um analgésico para evitar que a criança sofra até chegar ao consultório.

Se possível, guarde a parte quebrada do dente e mostre-a ao dentista. No caso de cair o dente em razão de um acidente, leve-o ao dentista o mais rápido possível. Evite tocar muito no dente e procure não limpá-lo. Coloque-o em água ou leite até chegar ao consultório do dentista*. Em alguns casos é possível reimplantá-lo.

* Pode ser que seja possível recolocá-lo na boca de seu filho através do procedimento de reimplante.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sorriso tem poder na vida pessoal e profissional, afirmam especialistas

Um belo sorriso não faz bem apenas para a autoestima. Pesquisas garantem que é um fator de sucesso. Os serviços odontológicos caíram de preço, e o sonho do sorriso perfeito está mais perto.
O que existe em comum, nas obras de arte, entre a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vênus de Botticelli? O sorriso – aliás, a falta dele. Nenhuma dessas belas figuras mostra um sorriso aberto como, por exemplo, o da Flávia Alessandra, o da Julia Roberts e o da Taís Araújo. O sorriso discreto da Gioconda e das colegas dela tem uma razão odontológica.
Elas não sorriam porque, talvez, não pudessem mostrar os dentes – tortos, acavalados ou alguns até faltando. Mas hoje esse constrangimento é cada vez mais raro. Em clínicas como a da Associação Brasileira de Odontologia, são atendidas mais de mil pessoas por mês.
A estudante Camila Pismel está fazendo tratamento para alinhar os dentes. “Meus dentes eram muito separados. Eu queria juntar para ficar mais bonito mesmo e não ter vergonha quando fosse sorrir para tirar foto”, conta Camila.
O caso do estudante Iury Luiz é um pouco diferente, mas o objetivo é o mesmo. “Pretendo ter um sorriso melhor, uma expressão melhor e fala”, diz.
“As pessoas que apresentam dores e dificuldade de movimentar a mandíbula têm sérias dificuldades de lidar com alimentação, com a fala e com o sorriso. Isso prejudica muito a qualidade de vida e a própria autoestima”, explica o cirurgião dentista Paulo Pimentel.
A falta de um dente é constrangedora até mesmo no mundo das novelas. A construção de sorrisos mais belos começou na Hollywood dos filmes em preto e branco. “Nos anos 1930, houve uma revolução tecnológica na indústria cinematográfica americana. Essa revolução revelava imperfeições na dentição dos grandes astros. Então, criou-se a chamada maquiagem dentária”, conta o dentista Marcelo Fonseca.
Um belo sorriso novo pode ter efeito parecido com o de uma cirurgia plástica. “Marilyn Monroe o que se sabe é que ela foi obrigada por produtores a tratar seu sorriso. Caso contrário, não conseguiria o estrelato. O que se sabe é que ela recebeu capas, jaquetas e coroas. Um dos maiores ícones também teve um retoque”, conta o dentista Marcelo Fonseca.
Sorrindo sem medo, muitos astros conquistaram o mundo. Um belo sorriso aumenta a autoestima. E mais importante ainda: “Tem uma pesquisa que mostra que garçons e garçonetes que sorriem mais recebem mais e melhores gorjetas. Um sorriso acaba atraindo e cativando as pessoas de uma maneira geral”, explica a psicóloga Mônica Portella.

Do G1

Fumo e álcool juntos causam maioria dos tumores de boca

O maior estudo do gênero já feito na América Latina, com ênfase no Brasil, revelou que fumantes e bebedores regulares de álcool têm maiores riscos de câncer na boca, faringe, laringe e esôfago, como já se previa de acordo com dados de outros países.

O resultado mais impactante do estudo foi mostrar que o uso simultâneo de álcool e tabaco teve um efeito multiplicador: 65% dos 2.252 casos de câncer avaliados estavam entre bebedores que também fumavam.

O estudo mostrou que quem bebe ou fuma mais tem maior risco da doença.

Os 25% que beberam menos ao longo da vida (de 0,1 a 233,6 g de etanol por ano, sendo que uma lata de cerveja tem 14 g de etanol), tinham chance 2,26 vezes maior do que os abstêmios de ter câncer de esôfago.

Já os 25% que mais beberam (mais de 2 kg de etanol por ano ou 142 latinhas) aumentavam o risco de desenvolver o tumor em 9,26 vezes.

Dos bebedores de álcool, os que consumiam destilados tiveram um risco 12 vezes maior de câncer no esôfago.
Os dados também indicam que quem parar de fumar e beber reduz o risco de ter câncer nessas regiões.

A equipe de doze pesquisadores, dos quais seis brasileiros, foi coordenada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, com sede em Lyon, França.

Participaram pesquisadores de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Dos 2.252 pacientes, 1.750 vieram do Brasil, 309 da Argentina e 193 de Cuba. O estudo foi publicado na revista "Cancer Causes Control".

"O câncer é resultado de um processo longo de agressão ao organismo, até que uma célula fique tumoral", diz Sergio Koifman, da Fiocruz (RJ), um dos autores.

Os pesquisadores descartaram outra causa possível de câncer no grupo estudado, o vírus HPV, pelo baixo nível de infecção presente.

Estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, com 26,1 mil pacientes, mostra que 11% dos pacientes de câncer ali atendidos dizem consumir bebidas alcoólicas em excesso.


RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

terça-feira, 28 de junho de 2011

A Doença Cárie na Infância

Qual a Causa de Cáries na Infância?
Deixar seu bebê dormir com uma mamadeira pode ser uma causa. Quando seu bebê está dormindo, os líquidos que têm açúcar permanecem em volta dos dentes e podem causar cárie. Até mesmo o leite materno e o de fórmulas contém açúcar.
Amamentação prolongada na mãe ou permitir que seu bebê adormeça enquanto se alimenta e mesmo permitir que sua criança fique o tempo todo com a mamadeira, são outras causas.

Coloque Sua Criança na Cama Sem uma Mamadeira...

Sua criança pode adormecer sem uma mamadeira! Siga cinco dicas para tentar:
Deixe sua criança levar uma manta, ursinho, boneca, ou brinquedo favorito de "segurança" para a cama.
Cante ou toque uma música tranqüila baixinho.
Segure ou balance sua criança.
Faça uma massagem nas costas da sua criança para ajudá-la a relaxar.
Leia ou conte uma história para a sua criança.

Fonte: Colgate

Quais são os efeitos de Cáries na infância?
Perda de dentes
Problemas de fala (Nos casos mais graves, os dentes de leite anteriores dos bebês podem ser acometidos pela cárie dentária, podem perder quase toda a coroa dental, e isso poderia prejudicar a fala da criança, uma vez que nessa fase ela está aprendendo essa função, e alguns fonemas são realizados com o auxílio desses dentes)
Dentes permanentes tortos
Dor muito forte
Baixa auto-estima
Cáries

Seis Modos Que Você pode Evitar Cáries na infância!
Habitue-se a colocar seu bebê na cama sem uma mamadeira.
Nunca coloque seu bebê na cama com uma mamadeira contendo fórmula, leite, suco, água com açúcar ou refrigerante. Se seu bebê precisar tomar uma mamadeira para adormecer, encha-a com água.
Não permita que sua criança fique o tempo todo com a mamadeira.
Limpe a gengiva e os dentes da sua criança depois de qualquer alimentação com um pequeno pano úmido e macio ou um pedaço de gaze. Com crianças mais velhas, use uma escova dental com cerdas macias para escovar seus dentes.
Comece a ensinar sua criança a usar um copo já com nove meses de idade. Troque a mamadeira do seu bebê por um copo de treinamento já na idade de 1 ano.
Pergunte ao seu médico ou dentista para ter certeza que sua criança está recebendo a quantidade diária correta de flúor.

A saúde e o sorriso brilhante dos dentes do seu filho dependem de você!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Refrigerantes: Um Problema para os Dentes

Nas diversas regiões do Brasil, as pessoas usam palavras diferentes para identificar um refresco adocicado e gaseificado ? o refrigerante. Porém, não importa o nome que se use, trata-se de algo que pode provocar sérios problemas de saúde bucal.

Os refrigerantes destacam-se como uma das fontes mais importantes de cárie dental presentes na dieta, atingindo pessoas de todas as idades. Ácidos e subprodutos acidíferos do açúcar presente nos refrigerantes desmineralizam o esmalte dental, contribuindo para a formação das cáries. Em casos extremos, o esmalte desmineralizado combinado com escovação inadequada, bruxismo (hábito de ranger os dentes) ou outros fatores pode levar à perda dental.

Bebidas sem açúcar, que respondem por apenas 14 porcento do consumo total de refrigerantes, são menos prejudiciais1. Entretanto, elas são acidíferas e têm potencial para causar problemas.

Está-se Bebendo Cada Vez Mais

O consumo de refrigerantes nos Estados Unidos aumentou drasticamente em todos os grupos demográficos, especialmente entre crianças e adolescentes. O problema é tão grave que autoridades de saúde como a American Academy of Pediatrics começou a alertar sobre os perigos.

Quantas crianças em idade escolar bebem refrigerantes? Estimativas variam de uma em cada duas à quatro em cada cinco consumindo pelo menos um refrigerante por dia. Pelo menos uma em cada cinco crianças consome um mínimo de quatro porções por dia.2

Alguns adolescentes chegam a beber 12 refrigerantes por dia.3

Porções maiores agravam o problema. De 180 ml na década de 80, o tamanho do refrigerante aumentou para 570 ml na década de 90.

Crianças e adolescentes não são as únicas pessoas em risco. O consumo prolongado de refrigerantes tem um efeito cumulativo no esmalte dental. Conforme as pessoas vivem mais, mais pessoas terão probabilidade de apresentar problemas.

O Que Fazer

Crianças, adolescentes e adultos podem se beneficiar com a redução do número de refrigerantes que consomem, e também com as terapias bucais disponíveis. Eis algumas medidas que você pode tomar:
Substitua o refrigerante por bebidas diferentes: Tenha na geladeira bebidas que contenham menos açúcar e ácido, como água, leite e suco de fruta 100% natural. Ingira essas bebidas e estimule seus filhos a fazer o mesmo.
Enxágüe a boca com água: Depois de consumir um refrigerante, faça um bochecho com água para remover vestígios da bebida que possam prolongar o tempo que o esmalte fica exposto aos ácidos.
Use creme dental e solução para bochecho com flúor: O flúor reduz as cáries e fortalece o esmalte dental, portanto escove com um creme dental que contenha flúor, como o Colgate Total® 12. Fazer bochechos com uma solução com flúor também pode ajudar. Seu dentista pode recomendar um enxaguatório bucal que você compra na farmácia ou supermercado ou prescrever um mais concentrado dependendo da gravidade do seu problema. Ele também pode prescrever um creme dental com maior concentração de flúor.
Faça aplicação de flúor com o profissional: Seu dentista pode aplicar flúor na forma de espuma, gel ou solução. Os refrigerantes são implacáveis com seus dentes. Reduzindo a quantidade que você ingere, praticando uma boa higiene bucal e buscando ajuda com seu dentista e higienista, você pode neutralizar seus efeitos e usufruir de uma saúde bucal melhor.

1 Harnack L, Stang J, Story M. Soft drink consumption among US children and adolescents: Nutritional consequences. Journal of the American Dietetic Association 1999;99:436-444.

2 Gleason P, Suitor C. Children s diets in the mid 1990s: Dietary intake and its relationship with school meal participation. Alexandria, VA: US Department of Agriculture, Food and Nutrition Service, Office of Analysis, Nutrition and Evaluation;2001.

3 Brimacombe C. The effect of extensive consumption of soda pop on the permanent dentition: A case report. Northwest Dentistry 2001;80:23-25.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Micróbios poderão prevenir cáries e diminuir colesterol no futuro, diz estudo

Washington, 13 abr (EFE).- Os micróbios que vivem em nosso organismo podem ser, no futuro, o principal ingrediente de uma pasta de dentes que ajudará a prevenir cáries ou de comprimidos para diminuir o colesterol, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista americana "Science".

Os probióticos, como são denominados os alimentos, bebidas e suplementos dietéticos que contêm micróbios vivos procedentes do corpo humano, ajudarão em um futuro a diagnosticar e tratar doenças, e os complexos à base de bactérias serão objeto de receita em consultas médicas de todo o mundo.

É o prognóstico que fazem o cientista da Universidade de Stanford (Califórnia) J.L. Sonnenburg, e o da Universidade da Califórnia, M.A. Fischbach.

O estudo, intitulado "Saúde comunitária: oportunidades terapêuticas no microbioma humano", prevê um futuro no qual os probióticos serão desenvolvidos e modificados pelas companhias farmacêuticas e biotecnológicas e regulados pelo Escritório de Alimentos e Remédios (FDA) dos EUA.

Os autores do texto convidam a comunidade científica dar sequência ao estudo das propriedades beneficentes dos micróbios vivos para a flora intestinal, que atualmente é o objeto da maioria dos produtos com esses organismos, protagonizados pelos iogurtes que permitem a sobrevivência das bactérias.

"O conceito (dos probióticos) pode ser aplicado também a outras comunidades microbianas do corpo humano", indicam os pesquisadores.

"Os cremes para a pele e pastas de dentes do futuro poderão conter organismos vivos ou prebióticos que ajudem a tratar a dermatite atópica e prevenir cáries dentais", acrescentam.

Segundo Sonnenburg e Fischbach, os micróbios vivos não só ajudarão a tratar as disfunções e doenças, mas também a preveni-las.

"Os componentes microbianos dos sedimentos, a urina, o cuspe e as mucosidades atendem às duas virtudes de uma mostra diagnóstica: são fáceis de obter e sustentam uma quantidade de informação molecular relevante para as doenças", afirma o estudo.

Apesar de sua popularidade crescente, os produtos probióticos não foram até agora estudados com rigor e, nos EUA, não estão regulados pela FDA.

Embora pareçam ter um potencial claro como agentes terapêuticos, existem desafios no momento de estabelecer padrões claros que permitam uma pesquisa mais aprofundada, segundo adverte o estudo.

As influências "antinaturais" sobre o organismo, como o consumo de antibióticos ou a administração de vacinas, modificam e transformam a estrutura microbiana, que pode variar de pessoa para pessoa e de país para país.

"As diferenças marcadas entre os micróbios fecais de uma criança de Burkina Fasso e das crianças do norte da Itália dão uma ideia dos problemas de definir uma linha de base para a microbiota", aponta o estudo.

Isso transforma as comunidades microbianas dos humanos em um "alvo móvel", que impõe um desafio considerável no momento de definir o que é "normal" ou "saudável", concluem os autores. EFE

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tratamento ortodôntico agora pode começar na infância

cidades@eband.com.br

Durante muitos anos, especialistas acreditaram que a pré-adolescência era o momento ideal para dar início a tratamentos normalizadores das anomalias dentofaciais – problemas que envolvem questões ósseas, musculares e de posição dos dentes. No entanto, “graças à evolução tecnológica e estudos de pesquisadores renomados, atualmente existe um novo paradigma que ampliou o conceito de tratamento das alterações que ocorrem na face. Hoje os tratamentos podem ter início ainda na infância, a partir dos quatro anos de idade”, explica Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista-facial da Köhler Ortofacial.

A chamada Ortopedia Facial considera o rosto infantil como um todo, analisando as possíveis alterações no seu crescimento e desenvolvimento de forma integrada e não apenas em determinadas partes. “Até os quatro anos de idade o rosto cresce 60% de seu tamanho final e lá pelos 10 anos de idade este crescimento chega a 80% do total. Estas constatações, feitas pelo médico americano Meredith, permitiram que a Ortodontia e a Ortopedia Facial mudassem sua forma de atuação e passasse a redirecionar o crescimento facial da criança de modo que seu desenvolvimento seja correto”, destaca.

Para tornar possíveis os tratamentos na infância foi necessária a criação de novos tipos de aparelho, pré-fabricados em silicone médico, um material flexível, e com modelo compatível com o tamanho da boca e as anomalias diagnosticadas no paciente.

Exercícios faciais

Os aparelhos ortopédicos de silicone promovem exercícios suaves para a musculatura mastigatória da criança, com reflexos benéficos nos ossos faciais, principalmente na mandíbula e na maxila, nos quais estão localizadas as arcadas dentárias superior e inferior. “Estes dispositivos também reeducam a língua, considerada um poderoso músculo do organismo, para que ela se posicione corretamente na boca e exerça a deglutição – o ato de engolir a saliva ou os alimentos - de forma adequada”, acrescenta.

Juarez Köhler esclarece que o sistema mastigatório é a parte inicial do aparelho digestivo e possui suas funções inter-relacionadas com o sistema respiratório. “O aparelho também estimula a respiração correta, pelo nariz, e isto é muito importante para um rosto harmonioso e para a saúde em geral. Inclusive diversos estudos associam a respiração bucal com o desenvolvimento incorreto da face”, afirma.

A vantagem dos aparelhos de silicone é que eles não exigem moldagens prévias da boca das crianças, podem ser utilizados a partir dos quatros anos de idade e seu uso acontece de forma progressiva. “Primeiro a criança utiliza o aparelho apenas algumas horas durante o dia e à medida que vai se acostumando o período de uso aumenta, se tornando comum até mesmo durante a noite para dormir. Ela começa a associar o aparelho à diversão, já que ele pode inclusive ser mascado, incentivando o seu uso”, finaliza.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Conheça técnicas para deixar os dentes mais brancos

Todos nós admiramos o sorriso claro e branco dos artistas de cinema e televisão. É comum pensar que é quase impossível ter um sorriso tão próximo da perfeição segundo os padrões modernos. Mas, para ter um sorriso branco, só é preciso ter a saúde bucal em dia, através de visitas semestrais ao dentista que controla a presença de cáries, infiltrações em restaurações, coroas ou próteses. Ao irmos ao dentista, o profissional também detecta a presença de doenças periodontais, que podem levar a outras complicações se não forem tratadas. Mas além desses cuidados, as pessoas que procuram um sorriso mais branco, podem optar por técnicas de clareamento dentário.

Durante os dois tratamentos deve-se evitar: cigarro e consumo de bebidas e comida com corantes.

Tipos de clareamento

O Clareamento dentário pode ser feito de duas maneiras: o doméstico ou a laser no consultório. É importante lembrar que não devemos fazer nenhum dos dois tipos de clareamento sem a supervisão de um dentista.

A primeira opção é feita com gel clareador aplicado em uma moldeira de silicone que é feito no consultório do dentista. O clareamento doméstico leva geralmente entre 15 a 20 dias por arcada dentária. A substância mais utilizada é o peróxido de carbamida, que não traz quaisquer efeitos colareis para a boca. Depois de três a quatro dias de uso do clareamento doméstico, já se nota dentes mais claros e um sorriso mais branco. O cirurgião dentista orienta o paciente que executa o clareamento em casa, mas são agendadas consultas para supervisionar o resultado do tratamento.

O Clareamento a laser é feito no consultório, cada sessão leva entre 40 minutos a um hora e meia e é aplicada a solução clareadora seguido do laser para ativação da reação química. Geralmente são necessárias três a quatro sessões para atingir resultado, dependendo da cor inicial do dente, no caso de dente escuro ou manchado.

Cuidados

Durante os dois tratamentos deve-se evitar: cigarro e consumo de bebidas e comida com corantes. A utilização de cremes dentais branqueadores contribui para a remoção de manchas e prevenção do amarelamento dos dentes. Outra dica é escovar ou enxaguar os dentes imediatamente após o consumo de alimentos ou bebidas que possam manchá-los. Também é válido usar um canudo para tomar bebidas que pigmentam os dentes.


O Clareamento não desgasta nem altera a estrutura dentária. O único efeito que pode resultar, apenas durante o tratamento, é de sensibilidade, que pode ser controlada com uso de cremes dentais para sensibilidade, bastante comuns e fáceis de serem encontrados.

Após um ano o clareamento pode ser retocado e é muito fácil e acessível ter um sorriso saudável e branco como os das estrelas de cinema.

Corpo e saúde - msnminhavida.com.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Plano odontológico: vale a pena pagar?

Rosa Falcão- Diário de PE
rosafalcao.pe@dabr.com.brEdição de sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ProTeste testou 18 serviços e comprovou desde restrições a coberturas até prazos longos de carência

Quando vale a pena ter um plano de saúde odontológico? A ProTeste - Associação de Consumidores fez uma pesquisa com 18 convênios odontológicos com abrangência nacional para avaliar como as operadoras se comportam em relação às coberturas, exclusões, autorização para exames, carências e ao reembolso. Os resultados indicam que a maioria dos planos só cobre os procedimentos básicos, restringe a colocação de aparelhos ortodônticos, impõem períodos longos de carência, além de apresentar diferenças de preços de até 65%. Diante do diagnóstico, o consumidor deve redobrar os cuidados quando decidir contratar essa modalidade de assistência à saúde.



Maioria dos planos só cobre os procedimentos básicos, além de apresentar diferenças de preços de até 65% Foto: Breno Fortes/CB/D.A PressAtualmente, o mercado de planos exclusivamente odontológicos é o que mais cresce na saúde privada. O número de usuários passou de 2,7 milhões em 2000 para 13,8 milhões em 2010. Pernambuco tem 301 mil usuários, terceiro maior mercado do Nordeste. A taxa de cobertura saltou de 2,3% em setembro de 2003 para 7,2% em setembro de 2010. São 384 operadoras com registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A pesquisa da ProTeste mostra que podem ser encontrados produtos para todos os bolsos. O preço da mensalidade nos planos individuais varia de R$ 26 a R$ 105 por pessoa, dependendo do tipo de cobertura. Nos planos coletivos, os preços caem pela metade porque os custos são diluídos pelo número de beneficiários.

Pollyana Carlos Silva, técnica da ProTeste responsável pela pesquisa, diz que vale a pena contratar um plano odontológico se o consumidor tem como objetivo a prevenção. Se a pessoa precisar de tratamento imediato não vai adiantar porque os planos exigem o cumprimento de carência para procedimentos mais complexos. ´Há operadoras que impõem carência de até 120 dias para um tratamento de canal`, diz. Ou você aguenta uma dor de dente por quatro meses ou paga do próprio bolso.

A técnica da ProTeste orienta o consumidor a identificar o seu perfil e da sua família antes de contratar um plano odontológico. Até porque as pessoas criam uma expectativa na contratação e quando precisam usar os serviços se deparam com as restrições de atendimento. Por exemplo: os planos não cobrem tratamentos estéticos e branqueamento dos dentes. Tem mais. No teste realizado com 18 produtos, a grande maioria não inclui a colocação de aparelhos ortodônticos.

Outro detalhe importante: desconfie dos planos dentários muito baratos porque eles só têm as coberturas básicas. Como a diferença de preços entre os produtos é grande, Pollyana recomenda que o consumidor avalie se vale mais a pena contratar um plano odontológico ou optar por um plano de saúde que inclua a assistência dentária.

Procurado pelo Diario, o Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog) informou que só vai se pronunciar após fazer uma avaliação mais detalhada da pesquisa da ProTeste.

Odontologia sistêmica cuida dos dentes e dos males de outras partes do organismo

Na infância, o policial civil Sávio Glória Pontes, hoje com 22 anos, vivia no médico por causa de uma rinite alérgica. Com a chegada da adolescência, vieram os problemas de estômago. E, há cerca de três anos, começaram os estalos na boca. O rapaz foi a vários ortodontistas, mas, como eles só se preocupavam com a questão estética, o policial acabava deixando de lado os tratamentos propostos.

Foi quando um colega sugeriu a Sávio procurar um profissional de odontologia sistêmica - ramo que considera o corpo em sua totalidade e não cuida da boca como se ela fosse isolada do resto do organismo. Mesmo com um pé atrás, o jovem decidiu dar um voto de confiança e usou os aparelhos ortodônticos recomendados pelo especialista. Hoje, livre dos estalos na boca, com uma postura melhor e mais bem disposto, o policial dá o braço a torcer. ''Foi uma surpresa: o tratamento trouxe alívio até para os problemas respiratórios e digestivos'', admira-se.

Sávio viu na prática que cuidar da saúde da boca traz benefícios para o organismo todo. E isso não deve causar espanto. Afinal, nosso corpo é um sistema, um conjunto de elementos integrados entre si. Essa integração é especialmente nítida no sistema músculo-esquelético. ''Quando o encontro da arcada superior com a inferior não ocorre da forma correta, nervos e músculos sofrem compressões que podem dar origem a dores de cabeça e nas costas'', explica o cirurgião-dentista Newton Nogueira de Sá, especialista em ortodontia e em ortopedia dentofacial.

Problemas no posicionamento da mandíbula podem gerar desequilíbrios na articulação têmporo-mandibular - que fica perto da orelha, onde as arcadas dentárias se encontram. Isso modifica a posição da cabeça e produz alterações evidentes na coluna cervical. Mas, às vezes, a reação se estende por toda a coluna vertebral, que fica com desvios. ''Até o comprimento das pernas pode ser alterado'', afirma Roseli Luppino Peres, presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Sistêmica em São Paulo.

A funcionária pública Célia Maria de Souza, de 52 anos, confirma as teorias da odontologia sistêmica. Afinal, foi através delas que Célia corrigiu sua mordida e se viu livre das terríveis dores na face que acabavam com sua concentração no trabalho. O alívio foi quase imediato: após 15 dias usando um aparelho móvel, as dores já não a incomodavam tanto. Hoje, dois anos depois, a funcionária pública não sente mais nenhum incômodo na face e, de quebra, as de dores de cabeça e nas costas diminuíram consideravelmente. E os resultados não pararam por aí. ''Acertei as arcadas e ganhei de brinde uma fisionomia muito mais jovial. Todo mundo pergunta se fiz plástica'', diverte-se. A história de Célia demonstra que a estética anda de mãos dadas com a parte funcional dos dentes. ''Se a estética não for considerada, o paciente pode se tornar inseguro e introvertido'', diz a odontóloga Telma Rocha.

Já no caso de Sávio, o maior benefício foi o aumento da parte interna da boca. Os dois aparelhos ortodônticos que usou ampliaram sua cavidade bucal, garantindo melhor oxigenação do organismo todo. Não é balela. Quando falta espaço na boca, a língua pode ser posicionada mais para trás, estreitando o espaço por onde passa o ar vindo do nariz. Resultado: o volume de oxigênio que entra no organismo fica menor.

Para compensar esta alteração, a pessoa vai respirar de forma acelerada, e é comum passar a inspirar também pela boca. Tal estratégia de adaptação faz com que as vias respiratórias fiquem ressecadas e com fissuras, uma das causas da rinite alérgica. Por outro lado, pode acontecer de o aparelho respiratório produzir grande quantidade de muco para se proteger: haverá coriza, entupimento do nariz e até repercussões mais graves que estariam entre as causas da asma. ''Além disso, quando a respiração acelera, a freqüência cardíaca pode aumentar e gerar problemas circulatórios'', comenta o cirurgião-dentista Agné Cervo Peres, especialista em ortopedia funcional dos maxilares.

A falta de espaço na cavidade bucal também interfere na digestão - que, vale lembrar, começa na boca. Se não tiver espaço suficiente, as glândulas salivares ficam comprimidas e deixam a saliva mais ácida, o que compromete todo o processo digestivo. A alteração do pH da saliva também agrava a placa bacteriana e pode provocar doenças no periodonto, que compreende as gengivas, os ossos e fibras e tecidos ligados aos dentes.

A relação entre a boca e a saúde do resto do organismo é uma via de mão-dupla: distúrbios pelo corpo também se manifestam na cavidade bucal. Bactérias que causam inflamações no periodonto, por exemplo, podem cair na corrente sangüínea ou lançar no sangue substâncias tóxicas. ''Tanto os microrganismos quanto suas toxinas podem contribuir para a formação de placas gordurosas nos vasos, abrindo portas para doenças no coração e no cérebro'', diz o periodontista Luiz Fernando de Araújo. Já distúrbios como diabetes podem trazer prejuízos para a boca. A taxa de glicose alta, por exemplo, pode afetar a irrigação sangüínea da gengiva e reduzir a capacidade de defesa contra microrganismos. Desta forma, o paciente fica vulnerável a doenças na boca. E diversos estudos têm mostrado que, se essas enfermidades na boca não forem devidamente tratadas, o paciente terá dificuldade para controlar o nível de açúcar no sangue.

Não é à toa que hoje existe uma tendência de trabalho conjunto entre dentistas, médicos e outros profissionais de saúde. ''Prova disso é o fato de haver um gabinete dentário totalmente equipado dentro da enfermaria de clínica médica do hospital da Universidade Federal de São Paulo'', exemplifica o médico Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. O dentista Paulo Murilo da Fontoura, presidente da Associação Brasileira de Odontologia no Rio, faz coro: ''parece ter chegado a hora de unirmos os avanços científicos das diversas especialidades médicas e odontológicas''.

JB Online

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

BRUXISMO - Estudo aponta relação com o sono

Sex, 21 Jan, 04h14




(BR Press) - Um grupo de pesquisadores em dor orofacial, bruxismo e desordens do sono da PUC-RS produziu um estudo que associa o bruxismo, ou ranger dos dentes ao dormir, com a dificuldade de se respirar durante a etapa do sono leve, anterior ao profundo. PUBLICIDADE
O trabalho, que teve dez anos de duração, envolveu 28 pacientes, dos quais 13 eram mulheres e 15 homens, entre 12 e 42 anos. O estudo, publicado no The International Journal of Prosthodontics, demonstrou que o uso do dispositivo de avanço mandibular (placa de ronco) durante 30 dias melhorou significativamente o bruxismo em 27 dos voluntários.

"O bruxismo e a apnéia têm relação com a dificuldade da passagem do ar. Imagine uma autopista: no bruxismo, os carros passam com uma velocidade menor. Na hipopnéia, apenas 50% dos carros passam e na apnéia nenhum carro passa", explica o cirurgião-dentista Márcio Lima Grossi, mestre pela Universidade de Michigan.

Doença

Segundo Gilles Lavigne, primeiro estudioso do sono a descobrir a interferência do bruxismo na respiração, quando uma pessoa está acordada, a cabeça fica na posição ereta, e a mandíbula na horizontal. Ao dormir, isto se inverte. Durante o sono leve a necessidade de oxigênio é maior que no estágio profundo, logo, a função da mandíbula é manter a passagem das vias aéreas aberta.

"No bruxismo, a mandíbula é projetada para frente pelos músculos da região até os dentes se chocarem. A musculatura fica tensa para evitar que a mandíbula volte a cair para trás. É neste momento que há o ranger, reduzindo novamente a passagem do ar na região da orofaringe, que fica atrás do nariz e da boca", explica Márcio Lima Grossi.

O bruxismo normal ou fisiológico não provoca sintomas. Já o patológico ocorre em pessoas com dificuldade de entrar em sono profundo. "Quem fica muito tempo no sono leve pode ter até 40 minutos destes episódios por noite", afirma o professor da PUC-RS.

Causas

Vários fatores contribuem para retardar o sono profundo: sobrepeso, mandíbula pequena, úvula e/ou amídala grandes, consumo de álcool e drogas, predisposição genética, baixa produção de saliva, alimentação pesada antes de dormir, estresse, entre outros.

O tratamento clássico do bruxismo pode ser feito por meio de placas que protegem os dentes e relaxam os músculos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Novo aparelho promete remover cárie sem brocas

Um aparelho para remoção de cáries e tártaro, que dispensa brocas e anestesia e promete reduzir em até 70% a dor dos pacientes, é desenvolvido por técnicos do Laboratório de Robótica da Coppe (Pós-graduação em Engenhaeria da Universidade Federal do Rio de Janeiro). 25.01.2011 Enviar esse Artigo

O equipamento emite jato de ar com substância abrasiva, que atinge com precisão a cárie, a qual é destruída em segundos. O equipamento, primariamente chamdo de Alluminajet, utiliza óxido de alumínio como material abrasivo.

Criado em 2001 pelo dentista Izio Mazur, por meio da empresa dele, Superdont, vendeu 300 aparelhos, mas interrompeu a fabricação por não conseguir divulgá-lo nem produzi-lo em escala.

Com apoio da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro (Redetec) - associação que reúne 47 universidades e centros para o fomento de inovações e pesquisas -, Mazur fez contato com a Coppe. Agora, espera que a nova versão do Alluminajet esteja pronta para chegar ao mercado ainda no fim deste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo